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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputada Eliane Sinhasique apresenta projeto de resolução que cria Procuradoria Especial da Mulher da Aleac

eliane140416A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) apresentou na sessão desta quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), projeto de resolução que cria a Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa do Estado. A Procuradoria Especial da Mulher é um órgão independente, formado por procuradoras deputadas, que contará com o suporte técnico de toda a estrutura do Parlamento acreano.

De acordo com o projeto, Procuradoria será constituída de uma procuradora especial da mulher e de três procuradoras adjuntas, designadas pelo presidente da Assembleia Legislativa, a cada dois anos, no início de cada legislatura. As procuradoras adjuntas terão a designação de primeira, segunda e terceira, e nessa ordem substituirão a procuradora especial.

Compete à Procuradoria Especial da Mulher zelar pela participação mais efetiva das deputadas nos órgãos e nas atividades da Assembleia, além de receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias de violência e discriminação contra a mulher. A Procuradoria promoverá ainda pesquisas, seminários, palestras e estudos sobre violência e discriminação contra a mulher, bem como acerca de seu déficit de representação na política, inclusive para fins de divulgação pública e fornecimento de subsídio às Comissões da Assembleia.

Segundo a oposicionista, a proposição busca garantir maior representatividade, visibilidade e destaque às mulheres na política. Além disso, pretende combater a violência e a discriminação contra as mulheres na sociedade, qualificar os debates de gênero, receber e encaminhar aos órgãos competentes denúncias e anseios da população.

“O espaço da mulher na política vem sendo conquistado com coragem e dedicação. Infelizmente, ainda existem preconceitos e violência no cotidiano feminino, mesmo que reduzidos após a criação da Lei Maria da Penha. Ocorre que tal dispositivo legal não pode ser o único instrumento de defesa feminina, uma vez que ainda existem inúmeras diversidades a serem tratadas no tocante a políticas públicas voltadas para a mulher, tendo como base a saúde, comportamento, vida profissional e pessoal”, frisou.

A parlamentar seguiu afirmando que a Procuradoria terá a missão de representar e defender todas as mulheres acreanas, recebendo e encaminhando denúncias de violência e discriminação, fiscalizando e acompanhando a execução de programas do governo estadual que visem à igualdade de gênero.

“A Procuradoria também irá cooperar com organismos municipais, nacionais e internacionais, além de promover pesquisas e estudos sobre a questão da violência e discriminação contra a mulher, em geral. A criação da Procuradoria Especial da Mulher no âmbito Legislativo acreano objetiva contribuir para a redução da desigualdade de gênero no Estado” complementou.

Sinhasique frisou que a Procuradoria Especial da Mulher já foi instalada no Congresso Nacional e na Câmara Federal. A Procuradoria também já atua em todas as Assembleias Legislativas do Brasil, exceto no Estado do Acre.

Na Explicação Pessoal a deputada retornou à tribuna para falar do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), instituído pelo governo federal em 2012. O programa foi criado pelo governo federal no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, através da Lei 11.977/2009, com a finalidade de possibilitar ao agricultor familiar, trabalhador rural e comunidades tradicionais o acesso à moradia digna no campo, com a construção de uma nova casa ou reformando, ampliando e concluindo uma já existente.

De acordo com a oposicionista, o projeto que tinha o objetivo de ajudar o homem do campo, transformou a vida dos agricultores num “pesadelo”. Ela relatou que alguns produtores rurais da comunidade Tauari, localizada no município de Tarauacá, assinaram o contrato do programa e pagaram a primeira parcela referente à construção das casas. Mas mesmo com o pagamento efetuado e com o contrato assinado as obras das casas não foram concluídas.

“Os agricultores assinaram o contrato no ano de 2013 e pagaram a primeira parcela do processo referente no valor de R$ 305 reais e até hoje não receberam suas casas. Disseram que as casas seriam construídas dentro do prazo de um ano e já estamos em 2016 e nada das unidades habitacionais serem entregues. A empresa responsável construção das casas alegou que não terminou a obra por falta de repasse”, disse.

A deputada seguiu afirmando que o contrato tem causado inúmeros transtornos aos agricultores daquela região. “Em setembro do ano passado venceu a segunda parcela do contrato e os produtores não querem mais pagar. Eles agora estão com os nomes no Serasa e estão inclusive impossibilitados de pegar créditos nos bancos. A Sedens é a responsável pela execução do programa no Acre e ela que deve uma explicação para esses trabalhadores. As pessoas não têm o direito de vender sonhos e entregar pesadelos a esses agricultores, ninguém tem o direito de abusar da ingenuidade do homem do campo”, concluiu.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac