Agricultores de assentamento pedem socorro à Aleac
A Comissão de Legislação Agrária da Aleac recebeu, nesta terça-feira, representantes dos trabalhadores rurais do Assentamento Walter Arce, mais conhecido como Brahma. Eles formalizaram aos deputados um pedido de intermediação junto aos órgãos competentes para a abertura de ramais e instalação de serviços básicos como atendimento médico, escola, água tratada e energia.
“Nós estamos abandonados, sem água tratada e com muitas crianças doentes, até com leishmaniose”, explicou Mirtes Maria Firmino de Souza, presidente da Associação Walter Arce, que reúne agricultores do assentamento conhecido como Brahma.
O assentamento reúne 580 pessoas cadastradas no Incra, mas pelo menos outras 20 famílias reivindicam lotes no local, alegando que também fazem parte dos agricultores expulsos da Bolívia por ocuparem terras dentro da faixa de segurança nacional daquele país.
Os trabalhadores estavam representados por Mirtes e pelo sindicalista José Janes, presidente em exercício da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). O presidente da Comissão de Legislação Agrária, deputado André Vale (PRB), recebeu a comissão, acompanhado pelos deputados Josenildo Inácio (PTN) e Doutora Juliana (PRB).
Mirtes explicou que as famílias estão completamente abandonadas e sem saber a quem recorrer, pois educação, saúde, água, saneamento, estradas, enfim, cada setor é de competência de um órgão diferente, de circunscrição estadual, municipal ou federal.
Janes lembrou que até o momento toda a assistência às famílias é feita pela central sindical. “Nós temos intermediado as demandas dos agricultores junto ao Incra e à Justiça Federal”, explicou Janes.
O deputado André Vale explicou que a Aleac também não tem jurisdição sobre o assentamento, pois o Incra é um órgão federal, mas adiantou que os parlamentares irão acompanhar os trabalhadores em suas questões. “Nós atuaremos como mediadores”, explicou.
A deputada Doutora Juliana lembrou que já esteve visitando os trabalhadores no local e que não poupará esforços no sentido de atender as demandas, direcionando cada qual para a sua esfera de competência. Josenildo lembrou que a abertura de ramais é de responsabilidade do município, neste caso, da Prefeitura do Bujari.
Agência Aleac