Deputada Eliane Sinhasique sugere que Polícia Civil chame para depor ex-funcionários da Sehab

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) voltou a comentar a Operação Lares, deflagrada pela Polícia Civil. Ela pediu que o Ministério Público (MP/AC) faça o pedido de delação premiada para os quatros presos, preventivamente, na última terça (26).

Em seu discurso proferido na sessão desta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a parlamentar sugeriu aos investigadores que convoquem os ex-funcionários da Secretaria Estadual de Habitação (Sehab) que foram demitidos recentemente. Segundo ela, esses ex-funcionários tinham conhecimento sobre o esquema fraudulento de entrega e venda de casas de programas habitacionais.

“Maravilhoso o trabalho do delegado Robert Alencar. É preciso que o Ministério Público encaminhe o pedido ao juiz que conceda o benefício da delação premiada aos quatro envolvidos. Vou dar uma informação ao delegado Robert para que ele chame para a investigação pessoas que foram demitidas na Sehab porque sabiam demais. Essas pessoas têm, inclusive, documentos. É preciso pedir à Secretaria de Habitação a lista das pessoas que foram demitidas para colaborar com essa investigação. Tem muito mais coisas por trás desse esquema que a gente não imagina”, disse a peemedebista.

Sinhasique pediu ao Ministério Público que aprofunde as investigações, isso porque pessoas que deveriam ter recebidos suas casas não receberam, entretanto, essas mesmas residências foram doadas a terceiros.

“Que o Ministério Público vá a fundo e não fique na superficialidade. Não queiram nos enganar com a prisão de quatro membros. Tivemos aqui na visita do secretário Jamyl Asfury o caso da dona Cosma, que foi sorteada e nunca recebeu a sua residência. Chegam ao desplante de usar o nome das pessoas necessitadas, colocaram a pessoa como beneficiada e entregaram a casa para outra pessoa”, argumenta.

Na Explicação Pessoal ela ressaltou as obras de construção da ponte sobre o Rio Madeira. A deputada citou a reportagem veiculada pelo Jornal A Tribuna que relata as condições das pilastras de sustentação.

“As obras estão atrasadas desde março. Especialistas dizem que as pilastras foram construídas muito próximas umas das outras. Não foi feito o cálculo de sustentação dos blocos para a passagem dos balseiros. Essa é uma obra de milhões, isso é muito preocupante. Além do prejuízo financeiro, vamos ter um prejuízo para o povo do Acre. O povo não aguenta mais pagar o translado desse rio”, disse.

José Pinheiro
Agência Aleac