Deputado Luiz Gonzaga diz que foram gastos R$ 2 bilhões na BR-364 e não há rodovia trafegável

O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) falou sobre a situação da BR-364, no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. O parlamentar lamentou que embora tenham sido gastos R$ 2 bilhões não ‘existe’ rodovia. E voltou a defender a instalação de uma CPI para apurar os indícios de irregularidades. Os apontamentos foram proferidos durante a sessão desta quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

“Nunca tinha visto após 2010 a BR-364 numa situação tão difícil. Tem um trecho na região de Feijó que foi construído em 2014 pelo Deracre e em menos de dois anos o asfalto derreteu. Está pior que um ramal. Dizer que a CPI não é um instrumento? A CPI é um instrumento legal. A CPI é um instrumento legal para resolver tudo mais rápido. O que precisa é ter as assinaturas necessárias pelos pares desta Casa para darmos entrada na Mesa”, pontua.

O parlamentar referiu-se ainda à situação do trecho que liga Cruzeiro do Sul a Tarauacá, que foi construído com recursos do Banco Mundial. Foi feito empréstimo no valor de R$ 80 milhões. Pasmem! O asfalto também se acabou. A população vai pagar quase R$ 300 milhões por uma obra que não existe. Isso é caso de polícia”, argumenta.

O tucano acrescentou que as pontes ao longo da rodovia também apresentaram avarias. Ele pediu o empenho do Parlamento estadual quanto à questão. “As pontes também apresentam problemas, como no Rio Caeté e no Rio Tarauacá. A ponte do Gregório também apresentou problemas. Esta Casa não pode se calar diante de tanta irresponsabilidade, temos uma propositura nesta Casa e falta apenas uma assinatura”, salienta.

Ainda em seu pronunciamento, Luiz Gonzaga ressaltou a postura republicana adotada pelo presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT). “Nesse contexto, quero parabenizar o presidente Ney Amorim por possibilitar as condições para que as Comissões possam trabalhar”, disse ele.

Gonzaga destacou que, segundo os técnicos do Dnit, 70% das obras da BR-364 estão fora das normas previstas pela autarquia. “Segundo o Dnit, 70% da obra estão fora das normas. Ora, a própria Controladoria Geral da União detectou que a espessura era para ser de 5 cm, mas não é o que foi verificado”, pontua.

José Pinheiro
Agência Aleac