Major Rocha diz que Waldirene Cordeiro deve se declarar sob suspeição para analisar processos eleitorais
O deputado de oposição Major Rocha (PSDB) disse que a desembargadora Waldirene Cordeiro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC) deveria se declarar sob suspeição para julgar processos referentes à campanha eleitoral. A justificativa seria que a desembargadora tem parentes ligados ao governo de Tião Viana (PT), que pleiteia a reeleição. Recentemente Waldirene proferiu decisão que proíbe a coligação
“Por Um Acre Melhor”, liderada por Márcio Bittar (PSDB/AC) e Gladson Cameli (PP/AC) de explorar durante seu horário eleitoral no rádio e na TV a operação policial deflagrada em maio de 2013, denominada G7 que culminou com a prisão de secretários de Estado e empresários do ramo da construção civil.
“O TRE tem nos seus quadros a desembargadora Waldirene Cordeiro que ocupa um cargo importante. Aqui eu queria colocar em suspeição o trabalho dessa magistrada. Essa magistrada proibiu que a coligação “Por um Acre Melhor” abordasse a Operação G7. Uma clara tentativa de mascarar o que aconteceu no Acre: escândalo de corrupção”.
O deputado tucano disse que na eleição passada o juiz aposentado Pedro Longo proferiu decisões favoráveis à Frente Popular do Acre (FPA) e logo após terminar o pleito eleitoral pediu aposentadoria e assumiu a direção regional do PSL.
“Quero relembrar aqui a eleição passada. O senhor Pedro Longo beneficiou claramente o grupo político que está no poder e depois foi agraciado com a direção de um partido. Não podemos nos calar. Faço um apelo ao TRE para que verifique isso”.
Com relação às críticas do deputado Geraldo Pereira (PT), que acusou a oposição de não votar no orçamento do Estado destinado à Saúde, Major Rocha disse que Pereira “vive no mundo da propaganda do governo”. Acrescentou, ainda, que não abrirá mão das suas prerrogativas de fiscalizar.
“Não vou abrir mão do meu papel. O seu governo colocou R$ 4 milhões para o Hospital das Clínicas, enquanto coloca R$ 20 milhões para a mídia”, salientou.
Sobre a administração tucana em Porto Acre, o deputado acreano cobrou os R$ 100 milhões que o governador Tião Viana (PT) prometeu destinar ao município e fez um desafio.
“Cadê os R$ 100 milhões que o governador disse que ia destinar para Porto Acre? Queria fazer um desafio, se ele cumprir a promessa que fez de asfaltar todas as ruas do Acre, eu renuncio”.