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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Daniel Zen esclarece projeto de lei sobre concessão de silos graneleiros

daniel020316 líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Daniel Zen (PT), esclareceu que o projeto de lei que cria a concessão pública para os silos graneleiros não significa que os mesmos serão privatizados. O posicionamento foi motivado pelo discurso do deputado Gehlen Diniz (PP) durante a sessão desta quarta-feira (2), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

“Quero me posicionar a respeito desse projeto de lei que permite a concessão de uso dos silos graneleiros. Não é privatização. É o mesmo que acontece no serviço de transporte público. É o que acontece nos aeroportos. A administração pública continua com a prerrogativa de regular as taxas. É algo bastante positivo. É uma prática utilizada pelos partidos de direita e esquerda”, disse Daniel Zen.

O parlamentar também se solidarizou com a vereadora de Brasileia, Fernanda Hassem (PT). Disse que a morte moral é algo irreparável. Nesse sentido, é necessário um cuidado ao tratar assuntos de cunho pessoal ou que ainda estão em fase de investigação e citou como exemplo o caso do governador Tião Viana (PT), que teria sido acusado por delatores da Operação Lava Jato de recebimento ilícito de recursos para a campanha de 2010. Neste caso específico, ele lembrou que a subprocuradora-geral da República, Ela Wiecko, pediu o arquivamento do inquérito aberto para investigar Tião Viana.

De acordo com o parecer da subprocuradora, não há provas de que Tião Viana tivesse conhecimento que o dinheiro doado tinha relação com os desvios da Petrobras. Daniel Zen comemorou a decisão de Ela Wiecko e disse que, à época, o governador passou por um verdadeiro linchamento público, mas que a decisão proferida por um representante do Ministério Público Federal (MPF) traz à luz a inocência de Viana no caso.

“É claro que esse é um pedido do MPF que deve ser acatado ou não. Mas quando aquele que tem a prerrogativa de formular a denúncia faz um pedido assim é um grande passo. Muitas vezes fica a dúvida, por isso estou ocupando a tribuna. É importante que as pessoas saibam daquilo que nós sabíamos”, salientou.

Zen frisou que espera que o mesmo entendimento seja adotado para outros casos de políticos do Acre com nomes citados na Operação Lava Jato. “Se isso acontecer, nós teremos a grandeza de fazer aqui esse desagravo. Ninguém fica feliz que pessoas do nosso Estado estejam envolvidas em situações como essa. O que vemos hoje é a indústria do pré-julgamento. Isso é uma espécie de injustiça que nem sempre é reparada”, pontua.

José Pinheiro
Agência Aleac