Tchê diz que implantação da Zona Franca no Acre poderia aquecer a economia

O deputado José Luis Tchê (PDT) voltou a defender a ampliação da área de livre comércio no Acre que foi aprovada há 20 anos, mas que não saiu do papel. Ele pediu também que a empresas da Zona Franca de Manaus sejam instaladas no Acre. O parlamentar disse não entender o porquê da não criação de núcleos da Zona Franca em outros estados da Região Norte. Tchê disse que a instalação da Zona Franca de Manaus no Acre poderia ser uma saída econômica para o Estado que depende exclusivamente de recursos federais.

Ele salientou que em 2013 a Zona Franca de Manaus gerou mais de 113 mil empregos diretos. Outro dado citado por ele, afirma que 600 empresas atuam diretamente no segmento eletrônico. A receita gerada foi de 90 bilhões.

“A receita da Zona Franca de Manaus é praticamente 20% a mais que o nosso Orçamento. São 90 bilhões. E eu pergunto, o que o Acre ganhou com isso?”, questionou o deputado ao falar sobre a aprovação, por parte do Congresso Nacional, que concedeu mais 50 anos para a continuidade de área de livre comércio da Zona Franca no Amazonas.

Tchê pediu a alteração da lei que hoje abrange os municípios de Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul como áreas de livre comércio e passe a valer para todo o Estado. Ele frisou que a elevação do Estado como área de livre comércio traria ganhos, como incentivos fiscais.

“Porque nós não mudamos a lei? O Acre poderia ser considerado todo ele como área de livre comércio. Uma Zona Franca tem incentivos fiscais. Eu vou dizer que se realmente isso acontecesse no nosso Estado teríamos uma economia garantida. Nossos filhos sairiam da faculdade e estariam empregados. Os filhos de Cruzeiro do Sul estão indo embora para Manaus”, salientou o deputado ao frisar que no Acre as oportunidades de estudo e trabalho são limitadas.

O parlamentar pedetista argumentou também sobre os empréstimos consignados. Ele frisou que não é favorável à modalidade de empréstimo, mas pediu à Mesa Diretora da Aleac que libere a margem de recursos dos servidores para que estes possam buscar junto aos agentes financeiros de sua preferência a melhor opção de empréstimo.

O deputado fez duras críticas à economia acreana ao afirmar que parte dos recursos do Estado vão para os bancos para quitar dívidas de empréstimos e outra parte ficou retida em investimentos da Telexfree.