Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Edvaldo Magalhães critica postura do governador e cobra convocação de bombeiros concursados

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (24), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a cobrar a convocação imediata dos aprovados no concurso público para soldados do Corpo de Bombeiros. O parlamentar destacou a importância dessa medida como parte de uma estratégia para enfrentar as crises climáticas, incluindo enchentes e queimadas, que atingem o Estado.

Magalhães ressaltou que o Ministério Público do Estado já tomou a iniciativa de entrar com uma Ação Civil Pública, propondo diversas medidas, incluindo a convocação dos bombeiros. “É uma medida urgente e necessária para preparar o Acre contra as consequências da crise climática. O MP já fez sua parte, mas o governador ainda não se pronunciou de forma adequada”, afirmou.

Edvaldo destacou ainda, o apoio que recebeu de parlamentares da oposição e da base do governo ao trazer o tema para debate, expressando otimismo quanto à urgência do problema. No entanto, criticou duramente a postura do governador ao fazer uma publicação nas redes sociais em resposta à discussão. “O governador, em um momento etílico, fez uma postagem me agredindo de forma gratuita. Peço ao líder do governo que recomende ao chefe do executivo não tuitar ou postar nesse tipo de situação, pois isso só revela suas contrariedades e falta de intimidade com a gramática”, ironizou o deputado.

Ele concluiu desafiando o governador Gladson Cameli a debater o tema de forma honesta e a cumprir seu papel diante da crise ambiental: “Se tiver coragem, que questione o chefe do Ministério Público, que entrou com a ação para fazer o que estamos pedindo. Mas parece que, nesses momentos, ele se acovarda”, finalizou Magalhães.

Durante o grande expediente, o deputado Edvaldo Magalhães criticou duramente a tentativa do governo de aumentar o valor do IPVA em 50% a partir de janeiro do próximo ano. Segundo o parlamentar, a medida, que visa aumentar a arrecadação do governo em mais de R$ 120 milhões, será um peso injusto sobre a classe média baixa e os trabalhadores que fizeram “sacrifício a vida toda” para adquirir um veículo. Magalhães ainda afirmou que a decisão “não foi tomada dentro desta casa”, mas sim “lá do outro lado da rua, no Palácio Rio Branco”, sem diálogo com a base governista, e denunciou a manobra para “tratorar o regimento interno” da Assembleia e aprovar a votação sem o devido processo nas comissões.

 

Texto: Andressa Oliveira

Foto: Sérgio Vale