Deputado Manoel Moraes defende governo e diz que CPMF é um dos impostos mais justos

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Manoel Moraes (PSB), disse nesta quinta-feira (17) que a CPMF, inclusa no pacote do ajuste fiscal apresentado pela presidente Dilma Rousseff (PT), é um dos impostos mais justos. Ele explica que o pagamento do imposto vai afetar quem movimenta grandes operações financeiras.

“O Adib Jatene após analisar o país viu que o Brasil era um país diferenciado. Então se criou esse imposto. Ele idealizou esse imposto de maneira justa. Hoje temos um SUS que não existe em nenhum lugar do mundo, só no Brasil. Ele pega um pequeno percentual de quem tem grande movimento no banco. A maioria do povo pobre não paga, não movimenta e outra: é um imposto único, um teto único”, explica o deputado socialista.

Quanto aos cargos comissionados do governo, Manoel Moraes (PSB) foi enfático ao dizer que a maioria dos comissionados são pessoas que desempenham funções importantes dentro da administração.

“Temos que ter muito cuidado ao afirmar falar essas pessoas, pois elas são utilizadas em serviços essenciais nas secretarias”, disse ele.

Em relação aos cargos que o PSB ocupa na estrutura governamental, ele citou que o partido tem apenas dois cargos de relevância.

“Quero dizer que um dos partidos da Frente que tem menos cargos é o nosso partido. O que nós temos no governo são dois cargos de relevância. O momento no país não é bom. Eu peço aos nossos aliados que analisemos corretamente as coisas. Que acabe esse negócio de partido nanico”, disse ele ao falar sobre a atual conjectura.

Moraes discordou do deputado Luiz Gonzaga (PSDB) que disse ser necessário ouvir o clamor popular. Para ele, ao ser eleito o parlamentar assume o compromisso da representatividade.

“Fomos eleitos para defender a população. Nem sempre é certo dizer que a voz das ruas é a voz de Deus, veja o exemplo de Jesus. A corrupção vem desde a colonização. Só quem não estudou História culpa um governo pela crise”, destaca.

Ele reconheceu que a sonegação fiscal é um problema que o país deve enfrentar, mas culpou a burocracia que emperra os processos que criminalizam essa prática. “A sonegação fiscal é um problema”.

Manoel Moraes teme o corte em programas como Programa Bolsa Família caso esse ajuste não seja aprovado no Congresso nacional.

“Pessoas vão ficar sem a aposentadoria, milhares de pessoas vão passar fome sem o Bolsa família. Será que nós queremos carregar essa carga conosco. Peço que tenham muito cuidado com esses cortes de gastos sociais. Eu não posso me calar em relação a questão desses gastos sociais”, finalizou.

José Pinheiro
Agência Aleac