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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Edvaldo Magalhães defende criação de PCCR para policiais penais na Aleac

No plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães, do (PCdoB), saudou na sessão desta terça-feira (20) os integrantes da Polícia Penal que se encontravam nas galerias, destacando a importância de sua luta naquele espaço.

Em seu discurso, o parlamentar enfatizou o apoio da Casa Legislativa à causa dos agentes agora transformados em policiais penais, ressaltando a necessidade urgente da construção de planos de cargos, carreira e salários para a categoria.

Ele destacou que a discussão sobre o PCCR precisa ocorrer de forma urgente, pois o tempo para a sua implementação é limitado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele também reiterou o compromisso da Assembleia Legislativa em apoiar os policiais penais nessa demanda e incentivou o diálogo como ferramenta essencial para a tomada de decisões políticas.

“Aqui é o lugar de vocês travarem essa luta importante. Essa casa estendeu a mão e abraçou quando transformou os agentes em policiais penais e agora precisa da consequência a este ato, que é a construção de planos de cargos carreira e salários, e só existe uma possibilidade será na janela da Lei de Responsabilidade Fiscal, que vai surgir logo ali, ou se discute agora, ou esse ano não terá PCCR. E esta casa apoiara vocês”, disse.

O oposicionista ainda fez menção aos servidores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF) e aos servidores do Tribunal de Contas do Acre, ressaltando o compromisso da casa legislativa com o diálogo e a mediação. “Cumprimento também os servidores do IDAF, e os servidores do Tribunal de Contas do Acre, aqui também é a casa da mediação, ninguém vota nada nesta casa sem dialogar. Sejam bem-vindos.”

Edvaldo Magalhães também falou sobre a Medtrauma, empresa responsável pela ala de traumatologia e ortopedia do Pronto-Socorro de Rio Branco, apontada pela Controladoria Geral da União (CGU) de superfaturar procedimentos. Os dados apontam para um superfaturamento de mais de R$ 9 milhões. O deputado disse que os fatos relacionados à Medtrauma estão ligados diretamente ao mesmo modus operandi escancarado na Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em 2021.

“Não dar para tratar esse tema da Medtrauma desvinculado de outro. Isso tem muito a ver com a Ptolomeu. Isso tem muito a ver com a tecnologia desenvolvida pelo governo do Estado: a tecnologia da carona vindo e da carona voltando para prática da corrupção. Isso comprovado, não é ilação. O primeiro contrato público feito pelo governador Gladson Cameli foi com a Murano. E o que era a Murano? Um registro de preço do entorno de Brasília, adotado pelo Acre, desvirtuado na aplicação e execução, superfaturado com desvios comprovados que hoje está para ser votado no STJ a primeira denúncia de afastamento do governador, em função do caso Murano”, disse.

Acrescentou ainda: “Esse assunto precisa ser debatido nesta Casa. É preciso trazer os órgãos de controle que concluíram o relatório. Temos que trazê-los aqui e abrir o livro. A indústria que mais cresce no Acre é a indústria da carona”.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale