Deputada Eliane Sinhasique: “A situação dos professores é ainda mais grave nas escolas da zona rural do Acre”

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) relatou na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), durante sessão desta quarta-feira (5), a visita que fez a algumas escolas rurais do Estado durante o recesso parlamentar. A oposicionista afirmou que a situação os professores acreanos é ainda mais grave nas escolas rurais do Estado.

“Recebi a denúncia de que professores provisórios da zona rural estariam com os seus salários atrasados. Visitei a Floresta Estadual do Antimary, localizada no Ramal do Ouro, na zona rural de Sena Madureira e constatei que a informação era verdadeira”, disse.

Segundo a parlamentar, alguns professores das escolas estaduais rurais Messias Rodrigues de Souza e São Pedro estariam há três meses sem receber seus salários. “Tem professor que foi contratado em abril e até hoje não recebeu. Esses educadores ainda gastam cerca de R$ 50,00 por semana para se deslocar até a escola e não recebem sequer os salários em dia”, declarou.

A deputada, que é favorável à greve da Educação, criticou a atitude do governo e cobrou melhores condições de trabalho para os professores do Estado. “Esses profissionais merecem ser respeitados, o governo não dá a reposição salarial que eles reivindicam e ainda insiste em maltratá-los. Isso é um absurdo. Os professores da zona rural estão sofrendo com essa situação, isso é desumano”, afirmou.

Outro problema enfrentado pelos professores e pelos alunos das escolas rurais é com relação à estrutura. Segundo Eliane Sinhasique, a Escola São Pedro, de Sena Madureira, não possui energia elétrica e nem água encanada. “Nessa escola as crianças estudam no calor porque não tem sequer energia elétrica. Numa escola rural de Porto Acre a carne que chega para a merenda escolar é de péssima qualidade. Os professores disseram que é carne de terceira, pois só tem pele e a gente dá para cachorro não para criança”, complementou.

Saúde pública

A parlamentar falou ainda que o Hospital das Clínicas Raimundo Chaar, de Brasileia, encontra-se em condições precárias. Segundo a deputada, além da falta de medicamentos básicos faltam materiais para realização de exames.

“Como o novo hospital está com suas obras praticamente paralisadas, minha sugestão é que o governo do PT faça pelo menos uma minirreforma para consertar as gambiarras da parte elétrica que danificam o aparelho de radiografia e o ar-condicionado. Coloque ventiladores ou ar-condicionado nas enfermarias, conserte as infiltrações e mande medicações hospitalares em quantidade suficiente para o hospital. O laboratório daquela unidade de saúde não está funcionando porque nem material para fazer exames tem”, concluiu.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac