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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Vereadores de Tarauacá pedem apoio de deputados na luta pela permanência da maternidade no centro da cidade

 

 

 

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) recebeu na manhã desta terça-feira (26), uma comissão formada por nove vereadores de Tarauacá. Na pauta, a não transferência da Maternidade Ethel Muriel Guedes para o Hospital Sansão Gomes.

Os vereadores contam, ainda, com o apoio da população tarauacaense, através de um abaixo-assinado para evitar a transferência. Eles alegam que a maternidade fica situada no Centro de Tarauacá, em local estratégico para a maioria dos moradores, principalmente, a população mais carente.

Para o vereador Manoel Monteiro (PC do B), a mudança traria sérias implicações na vida da população, principalmente, para a mais pobre. “Nós estamos aqui, para pedir aos senhores deputados que intermedeiem uma conversa com o governador, nós precisamos de uma resposta. O governador precisa saber que as pessoas não têm dinheiro nem mesmo para pagar um Uber”, alertou o vereador.

Para o deputado Jenilson Leite (PSB), vice-presidente da Assembleia Legislativa, e vice-presidente da Comissão, a transferência da maternidade para o hospital geral do município tecnicamente não é adequada.  

“Essa mudança não é boa, pelo contrário. Colocar crianças e mulheres num local onde são tratadas várias doenças, inclusive, doenças contagiosas, não é uma decisão acertada. Sem falar que a maternidade é situada num local de bom acesso para os ribeirinhos, seringueiros, para a população mais carente do município. Essa mudança não pode acontecer”, disse.

Já o deputado José Bestene (PP), presidente da Comissão de Saúde, garantiu falar diretamente com o governador Gladson Cameli sobre o assunto.

 “Essa é uma causa que todos nós devemos abraçar. Levarei pessoalmente esse assunto ao governador. Temos que convencer o governador de que a mudança não pode acontecer de forma permanente. Temos que deixar claro que o local precisa de uma reforma, mas não de mudança definitiva como vêm propondo técnicos da Secretaria de Estado de Saúde”, disse o progressista.

Para o oposicionista Edvaldo Magalhães (PCdoB), qualquer obra que se construa tem que dialogar com a tradição, com a cultura e com a necessidade da população.

“A maternidade é uma necessidade, mas é uma tradição e uma cultura. Tarauacá é uma cidade que ainda vive em torno da beira do rio. O rio é o grande endereço de chegada na cidade. Portanto, sou totalmente contra que essa mudança aconteça”, enfatizou o deputado.

O deputado Jenilson Leite que presidiu a reunião sugeriu, ainda, a realização de uma segunda reunião com a presença de um representante da Sesacre. “Acho extremamente desrespeitoso que esses vereadores voltem para Tarauacá sem respostas. Eles foram provocados pela população e precisam de uma posição do governo do Estado. Sugiro que venha alguém da Sesacre ainda, hoje, para que a gente possa saber qual o ponto de vista deles sobre o assunto”. 

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Revisão: Suzame Freitas