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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Eliane Sinhasique questiona nota da Sesacre após divulgação de vídeo que mostra grávida dando à luz na recepção da maternidade

eliane280415A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) questionou na sessão desta terça-feira, 28, a nota publicada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre), após um vídeo que mostra uma grávida dando à luz nas cadeiras da recepção da Maternidade e Clínica de Mulheres Bárbara Heliodora ter sido divulgado em alguns veículos de comunicação do Estado. Segundo a oposicionista, o vídeo retrata bem a precariedade do atendimento ofertado às mulheres em trabalho de parto em Rio Branco.

“Na nota a Secretaria de Saúde afirma que daqui pra frente identificará os papéis de cada indivíduo, suas funções e a quem devem responder. Os servidores não sabem a quem se reportar? Quer dizer que o governo não sabe orientar os procedimentos para uma mulher que chega em trabalho de parto? Vão adotar medidas só agora depois que uma jovem deu à luz na recepção da maternidade?” indagou.

Para a deputada, o problema do governo do Acre com relação à saúde pública é gestão. De acordo com ela, o governador Tião Viana (PT), por ser médico, tinha todas as possibilidades de oferecer para a população acreana uma saúde excelente, que funcionasse desde a mais alta complexidade.

“O governador Tião Viana é um médico e não sabe administrar a saúde do nosso Estado. O Pronto Socorro de Rio Branco há seis anos está em obras que ainda não foram concluídas. Em Brasileia as obras do hospital da cidade não avançam nunca. A Verdade é que o PT na gestão de Tião Viana não está sabendo administrar a saúde”, destacou.

Reafirmando que o atendimento nos hospitais do Acre está um “caos”, Eliane Sinhasique citou como exemplo o caso do senhor Emídio, 51 anos, morador de Senador Guiomard que veio a óbito no começo deste mês por complicações após ficar engasgado com uma espinha de um peixe.

Segundo a parlamentar, a equipe médica do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), não ofereceu o tratamento adequado à vítima, devido à falta de um material para retirar a espinha de peixe.

“Depois a gente fala que a saúde pública está um caos e ainda somos criticados por isso. É inadmissível que um homem venha a óbito pelo simples fato do hospital não possuir uma pinça que custa o equivalente a R$ 500,00 para retirar a espinha de peixe da garganta do paciente. Até quando vamos ter casos como o desse trabalhador para mudar a realidade das unidades de saúde do Acre?”, questionou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac