Deputado Edvaldo Magalhães diz que ação da PF em Brasileia foi uma tentativa de criminalizar trabalhadores
Em discurso durante sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira (24), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) criticou a Operação GLO Ambiental (Garantia de Lei e Ordem Ambiental) realizada semana passada, no Polo de Brasileia. A ação, que resultou na prisão de 11 marceneiros, foi classificada pelo comunista como uma tentativa de criminalização dos trabalhadores.
“Minha fala hoje é de solidariedade, apoiamento político e contestação por tudo o que ocorreu em Brasileia na última quinta-feira. Na ocasião, agentes da Polícia Federal, Ibama e Exército trataram como criminosos aqueles que possuem a profissão mais antiga, os marceneiros. Pessoas que possuem endereço fixo e que começam a trabalhar às 5h, parando muitas vezes só tarde da noite”, disse.
Magalhães pontuou que, se fosse feita uma pesquisa junto aos órgãos de controle ambiental, saberiam que o Acre naquele dia possuía mais de dois mil focos de calor, no entanto, a Operação GLO agiu apenas contra trabalhadores. “Conduziram 11 marceneiros à prisão, eles tiveram que se despir, ficar de cuecas em uma cela por mais de 24h, depois foram conduzidos em um camburão para uma audiência de custódia, e só após pagarem uma fiança foram liberados. Derrubar e tocar fogo pode, mas reutilizar a madeira não. Querem criminalizar aqueles que sempre trabalharam sem fazer nenhum mal”.
A GLO tem como intuito reprimir a prática de crimes ambientais, como o transporte e armazenamento ilegal de madeiras que não possuem o Documento de Origem Ambiental (DOF). Durante a Operação, foram apreendidos mais de 190 metros cúbicos de madeira.
Andressa Oliveira/ Agência Aleac
Revisão: Suzame Freitas