Neném Almeida denuncia descaso do poder público com moradores do Seringal Lancha
O deputado Neném Almeida (sem partido) usou o pequeno expediente na sessão remota desta terça-feira (25), para falar da visita que fez no último final de semana ao Seringal Lancha. A comunidade possui 600 habitantes e fica distante, aproximadamente, 5h de barco a partir de Tarauacá, subindo o Rio Muru.
Durante a visita, o parlamentar constatou as dificuldades que os produtores rurais e seringueiros daquela região enfrentam, principalmente, relacionados à saúde. Segundo ele, os moradores não têm unidade de saúde, remédios e atendimento médico.
“O descaso do governo do Estado e da prefeitura de Tarauacá com aqueles moradores é grande. A situação do Seringal é precária, em especial nas áreas de saúde e educação”, comentou o deputado.
Neném Almeida apresentou inúmeras indicações solicitando do governo do Estado melhorias para o local. Uma delas, pede a instalação de um barco móvel de saúde para atendimento dos ribeirinhos que vivem às margens dos rios.
“O barco deverá realizar atendimento duas vezes por semana, oferecendo remédios e atendimento médico. O Seringal Lancha não pode continuar esquecido pela prefeitura de Tarauacá e pelo governo do Estado. Aqueles moradores precisam ter acesso ao atendimento básico de saúde”, complementou.
O deputado disse ainda que não medirá esforços para chamar a atenção dos poderes executivos municipal e estadual para a realidade enfrentada pelos moradores do seringal.
No grande expediente, Neném Almeida também destacou a visita que fez na última segunda-feira (24) aos camelôs que foram retirados do Calçadão da Benjamin Constant, pela Prefeitura de Rio Branco, e que até o momento não foram realocados pelo poder público.
Ele frisou que os camelôs estão sendo impedidos de comercializarem seus produtos no local. “Enquanto não há uma solução definitiva para o problema, dezenas de pais de família amargam prejuízos e mais que isso: estão literalmente passando fome”, salientou.
O deputado falou ainda da situação dos comerciantes que ocupam boxes no Aquiri Shopping. Ele destacou que há reclamações de taxas de luz e gás abusivas.
“Estão roubando os camelôs. Além da conta alta do gás, eles ainda têm que pagar uma taxa de manutenção que também não é barata, é de R$ 400 a R$ 600 reais. Isso é roubo. E ainda tem a luz, muitos deles disseram que vão entregar o ponto porque não vão conseguir pagar essas taxas.
Neném Almeida disse que tentou falar com o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), para tratar a respeito dos camelôs, mas não obteve sucesso.
“Tentei falar com o prefeito Bocalom e não consegui. Como diz na Justiça, isso é revelia. O meu papel como parlamentar é denunciar os abusos. Vou continuar nessa luta para defender os camelôs da nossa cidade”, disse o deputado acreano. Eu não vou mais admitir esse tipo de desrespeito com os trabalhadores”, finalizou.
Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Revisão: Suzame Freitas