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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Magalhães questiona atuação da Fênix no repasse de dinheiro às financeiras e anuncia retomada dos trabalhos da CPI dos Consignados

Na sessão virtual desta quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PC do B) voltou a falar sobre a Fênix Soft. Segundo ele, a empresa não está repassando no prazo correto os valores de descontos de empréstimos consignados às financeiras nas datas ajustadas no contrato com os clientes.

“Para se ter uma ideia da gravidade, ontem, a Caixa Econômica suspendeu todas as contratações de consignados com os servidores públicos do Estado. Sabe por quê? Calote”, disse.

O parlamentar relatou que tem recebido vários telefonemas de correspondentes bancários, ou seja, de financeiras que operam com vários bancos.

“O que está acontecendo é que se desconta do servidor a parcela do mês, quem gerencia esse desconto para fazer o repasse é a contratada pelo gerenciamento da plataforma, que é a Fênix Soft, e eles não repassam para as instituições dentro do mês ou no tempo contratado”, explicou.

O oposicionista frisou que antes da chegada da Fênix Soft, o Estado do Acre tinha mais de 10 agentes financeiros. “Mas esses agentes fecharam as portas após a chegada da empresa, que é ligada à Prover, do cartão Avancard, e ao Banco Máxima”, destacou.

Edvaldo Magalhães disse ainda que o secretário de Planejamento e Gestão, Ricardo Brandão, fez uma confissão de um crime cometido pela Prover e a Fênix Soft com o vazamento do banco de dados dos servidores.

 “O Diário Oficial do Estado do Acre trouxe uma confissão, quase uma delação premiada do secretário de Planejamento quando ele assina um termo de ajustamento de conduta com a Prover para que não mais faça ligações ou envie mensagens de texto para os servidores”, frisou.

O deputado que é presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Consignados, a CPI dos Consignados, informou que fará nos próximos dias uma reunião com os membros da comissão para a retomada dos trabalhos parados por conta da pandemia. “O servidor público está sendo lesado, e isso só na CPI nós vamos esclarecer”, complementou.

Cartão do Bem

No grande expediente, Edvaldo Magalhães falou sobre a audiência realizada na manhã desta quarta-feira (14) pela Comissão de Serviço Público para tratar sobre o Cartão do Bem.

Para ele, o encontro que contou com a participação do procurador-geral Paulo Setti e da secretária de Estado de Assistência Social, Ana Paula Lima, reforçou mais ainda a ideia de que o projeto de lei que cria o Programa Cartão do Bem precisa ser desengessado para que ele possa atingir de fato sua meta.

“Os esclarecimentos da secretária Paula Lima só confirmam o que eu tenho dito nesta casa a respeito do assunto. A Assembleia Legislativa precisa aperfeiçoar esse projeto, não podemos achar que está tudo perfeito porque não está. A proposta pode sim ser melhorada, isso abrirá portas para quem tem fome entrar para o projeto. O funil está muito pequeno”, disse.

Mircléia Magalhães/Agência Aleac