Raimundinho da Saúde se posiciona contrário à terceirização dos serviços públicos
O deputado estadual Raimundinho da Saúde (PTN) comentou na sessão desta terça-feira, 14, a aprovação do Projeto de Lei nº 4330/2004, pela Câmara dos Deputados, que regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho. O parlamentar disse que a proposição coloca em risco a realização de concursos públicos. “Mais uma vez quero abordar um assunto que está sendo discutido em âmbito nacional, a aprovação da terceirização dos trabalhos. Eu entendo que essa é uma medida que traz muitos prejuízos para o serviço público e serve de barganha para campanhas futuras”, disse o deputado.
Ele citou como exemplo o Pró-Saúde, implantado no governo Binho Marques (PT), em que há uma discriminação salarial entre os contratos do programa e o dos servidores efetivos da rede estadual de saúde.
“Eles ganham menos, não podem faltar um dia de trabalho. Quando vejo deputados defendendo a terceirização penso que na verdade eles estão defendendo os seus patrões. Isso coloca em cheque uma vida inteira de estudos. Esse é o troco de deputados que não têm compromisso com o povo”, pontuou o parlamentar.
Falando especificamente sobre a maternidade Bárbara Heliodora, o deputado disse que uma visita da Comissão de Saúde está agendada àquela unidade de saúde. A ideia é elaborar um relatório que deve ser encaminhado ao governo do Estado, à Secretaria de Estado de Saúde, além do Ministério Público Estadual (MPE/AC).
“Nós, da Comissão de Saúde, já agendamos uma visita à maternidade Barbara Heliodora para verificar a situação daquela unidade. Vamos elaborar um relatório e encaminhar a quem, por direito, deve resolver”, salientou.
Raimundinho pediu que os parlamentares não usem os problemas na maternidade Bárbara Heliodora para se promover politicamente. Ele pontuou que acompanhará de perto o desenrolar dos fatos e caso o Executivo não tome providências ele será o primeiro a fazer as críticas.
“Eu não vou fazer um palanque político em cima disso não. Eu vou lutar para resolver o problema. Se não tomarem providências eu sou o primeiro a procurar a mídia para fazer as denúncias. Não vou passar a mão na cabeça de secretário de Saúde porque às vezes muitos querem ser donos das unidades”, finaliza.
José Pinheiro
Agência Aleac