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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

“Com a aprovação fraudulenta da LOA o Poder Legislativo se apequenou”, diz Edvaldo Magalhães

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Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (4) o deputado Edvaldo Magalhães (PC do B) disse que a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi aprovada de maneira fraudulenta no plenário da Assembleia Legislativa do Acre. Segundo o oposicionista, a matéria sequer tramitou na Comissão de Orçamento e Finanças da Casa.

“Ontem, foi trágico o que aconteceu nesta Casa. O presidente Nicolau Júnior chegou a lagrimar no centro desse plenário talvez com vergonha de ter ajudado a promover a fraude, pela pressão de uma decisão equivocada. O próprio presidente da COF confessou que houve fraude. Aprovaram a LOA após o líder do governo realizar no canto deste plenário uma reunião secreta com sua base. Aprovaram o relatório sem a presença da oposição”, disse.

Ainda de acordo com o comunista, os deputados não tiveram sequer tempo de apresentar suas Emendas ao Orçamento. “O presidente desta Casa suspendeu a sessão para que as matérias fossem analisadas pelas comissões e isso não ocorreu. A pressa para aprovar a LOA foi tão grande que os deputados não tiveram nem tempo para apresentar suas Emendas, tem parlamentar apresentando Emenda até agora, isso é um absurdo, é mais uma prova de que houve fraude”, pontuou.

Edvaldo Magalhães fez ainda duras críticas quanto a maneira que o líder do governo tem conduzido o debate acerca dos projetos de autoria do Executivo. “Exercer a maioria é legitimo. Que reúnam as comissões, discutam os projetos, mas fraudar o processo de discussão e votação, rasgar o regimento deste Poder, isso é vergonhoso demais. Gehlen Diniz é um líder fraudulento, truculento e antidemocrático, que usa do cinismo para fazer o debate político sério. Ele prefere agir dessa forma porque ser líder e exercer a maioria dá trabalho demais”, complementou.

Para concluir, o deputado disse que não exercerá seu mandato pela metade. “Após a fraude de ontem, as relações irão mudar profundamente neste Poder. Nós não vamos exercer nossos mandatos nesta Casa pela metade, as relações neste Poder irão mudar profundamente. Com a aprovação fraudulenta da LOA, esta Casa se apequenou e isso não vai ficar assim porque cada ação vai ter uma reação. Este Parlamento não pode abrir mão de exercer a democracia”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac