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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Roberto Duarte afirma que governador faz chantagem com a população


O deputado Roberto Duarte (MDB) voltou a falar sobre a reforma da Previdência no plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e a possível decretação de calamidade financeira sugerida pelo governador Gladson Cameli (PP). O parlamentar disse que o chefe do Executivo tenta amedrontar e chantagear a população com ameaças sobre atitudes que deve tomar caso a medida não seja aprovada.

“É mentira dizer que a reforma tem ligação com uma possível decretação de calamidade financeira. A reforma da Previdência não vai trazer resultados imediatos ao Acre. Há uma projeção de 10 anos para que se tenha resultados. Se ele decretar calamidade é porque ele quer e não por votação nenhuma. O governador está tentando jogar a responsabilidade dele para esta Casa, e o que está acontecendo não é culpa do Legislativo. Os deputados tentam dialogar e o governo ameaça”, disse.

Duarte seguiu dizendo que é necessário deixar claro para a população essa questão da renegociação de dívidas do Estado, que o Projeto de Lei enviado pelo Poder Executivo foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares e que o mesmo não possui ligação ao debate sobre a reforma da Previdência. Acrescentou também que o governador precisa medir suas palavras, pensar antes de falar com a imprensa na tentativa de colocar o Legislativo em xeque com a população.

O emedebista falou ainda sobre o debate acerca da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), após diretórios do PT e do PCdoB terem protocolado junto ao Tribunal de Justiça do Estado uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) sobre a mesma. Nos dias 3 e 4 de dezembro serão realizadas audiências para discutir o tema.

“Sobre a LDO, o debate não acabou por uma irresponsabilidade desta Casa de mudar o que tinha sido votado pelos deputados. Nós vamos ter consequências graves, porque nos dias 3 e 4 de dezembro teremos uma audiência de conciliação na justiça que envolverá todos os Poderes. Até lá não podemos discutir a LOA, tudo isso porque buscamos a autonomia, independência financeira e orçamentária dos poderes do Estado. A atual gestão foi colocada aí, porque o povo queria mudança, o que infelizmente não aconteceu”, lamentou.

Texto: Andressa Oliveira
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac