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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

No Dia Mundial do Rim, Heitor Júnior alerta população sobre doença renal crônica

heitor120315Em discurso na sessão desta quinta-feira, 12, o deputado Heitor Júnior (PDT) fez alerta à população acreana sobre a doença renal crônica que atualmente atinge 10% da população mundial e afeta pessoas de todas as idades e raças. Em alusão ao Dia Mundial do Rim, lembrado hoje, o parlamentar ressaltou que o risco de doença renal crônica, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, deve ser avaliado por meio de oito perguntas: Você tem pressão alta? Você sofre de diabetes mellitus? Há pessoas com doença renal crônica na sua família? Você está acima do peso ideal? Você fuma? Você tem mais de 50 anos? Você tem problema no coração ou nos vasos das pernas (doença cardiovascular)? Se uma das respostas for sim, a orientação é procurar um médico.

De acordo com o deputado, pesquisas apontam que a estimativa é que a enfermidade afete um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre algum grau da doença.

“Os principais sintomas da doença renal crônica são falta de apetite, cansaço, palidez cutânea, inchaços nas pernas, aumento da pressão arterial, alteração dos hábitos urinários como urinar mais à noite e urina com sangue ou espumosa. Peço que a população fique atenta a esses sintomas, ao perceber qualquer um deles é aconselhável procurar um médico o mais rápido possível, não custa nada a gente se cuidar”, disse.

Heitor Júnior informou que as recomendações das entidades médicas para reduzir o risco ou para evitar que o quadro se agrave incluem manter hábitos alimentares saudáveis, controlar o peso, praticar atividades físicas regularmente, controlar a pressão arterial, beber água, não fumar, não tomar medicamentos sem orientação médica, controlar a glicemia quando houver histórico na família e avaliar regularmente a função dos rins em casos de diabetes, hipertensão arterial, obesidade, doença cardiovascular e histórico de doença renal crônica na família.

“Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que 100 mil pessoas fazem diálise no Brasil. Atualmente, existem 750 unidades cadastradas no país, sendo 35 apenas na cidade de São Paulo. Os números mostram ainda que 70% dos pacientes que fazem diálise descobrem a doença tardiamente. A taxa de mortalidade para quem enfrenta o tratamento é 15%”, destacou o deputado.

O deputado saudou a presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados, Berenice Sales da Silva, que acompanhava a sessão na galeria Marina Silva. O parlamentar falou ainda dos transplantes de fígado e de rins que foram realizados no Hospital das Clínicas de Rio Branco, afirmando que a população acreana precisa se sensibilizar com relação à doação de órgãos.

“Berenice é uma das pacientes que aguardam ansiosamente um transplante de rins, enquanto isso enfrenta as sessões dolorosas da hemodiálise. O Acre já deu um salto à frente com os transplantes de fígado e rins realizados no Hospital das Clínicas. A população acreana precisa se sensibilizar com relação à doação de órgãos no Estado, hoje a doação só pode ocorrer com a permissão da família e por isso muitas pessoas ainda aguardam na fila do transplante, essa realidade deve mudar.”, afirmou.

Para concluir, o parlamentar apresentou indicação ao Governo do Acre solicitando da Secretaria de Saúde a construção ou aluguel de duas casas de passagem exclusivamente para portadores de Hepatites Virais, sendo uma em Rio Branco para atender a região do Alto e Baixo Acre e outra em Cruzeiro do Sul para atender a região do Vale do Juruá.

O deputado justificou a indicação afirmando que as portadores de hepatite não podem conviver, deliberadamente, com pessoas portadoras de outras patologias, visto que podem adquirir doenças oportunistas como AIDS e tuberculose. “São pessoas vulneráveis devido os efeitos colaterais das medicações. Ressaltando que podem também transmitir com facilidade os diversos tipos de hepatites para pessoas do seu convívio, indiscretamente, além do que, em sua maioria são de baixa renda e não tem condições de custeios de suas despesas”, destacou.

“Estima-se que 10% da população esteja atualmente, desenvolvendo algum tipo de vírus das hepatites no Estado do Acre”, concluiu o deputado.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac