Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Heitor Júnior destaca Dia Nacional de Doação de Órgãos

Na sessão desta quinta-feira (28) o deputado Heitor Júnior (PDT) ressaltou a importância do Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, que é celebrado em 27 de setembro. O principal objetivo dessa data é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de órgãos, com o intuito de ajudar milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvar as suas vidas.

Para o deputado, se houvesse mais sensibilidade por parte das famílias brasileiras a fila de transplante diminuiria significativamente no país. “De acordo com a legislação brasileira, Lei 10.211, de 23 de março de 2001, a retirada dos órgãos e tecidos para doação só pode ser feita após autorização dos membros da família. Não é preciso assinar nada nem tão pouco pagar. Por isso, se você quiser ser um doador converse com sua família, se as famílias acreanas tivessem essa sensibilidade nós com certeza zeraríamos e fila de transplante de fígado e de rins no Estado”, disse.

O pedetista ressaltou que atualmente 50 portadores de hepatite aguardam na fila de transplante no Acre. “Esses 50 portadores de hepatite estão em fase terminal, eles não vão poder alcançar a misericórdia do Senhor, eles esperaram demais. Por isso a conscientização é tão importante. A carência de doadores ainda é um grande problema em todo o país, a falta de informação e o preconceito tem sido nossa maior limitação”, complementou.

O deputado seguiu afirmando que no Acre a rejeição das famílias à doação de órgãos é de quase 100%. “A não autorização das famílias dificulta mais ainda esse processo. Aqui no Estado a rejeição à doação de órgãos é de quase 100%. As pessoas ainda são muito desinformadas sobre esse processo”, afirmou.

Heitor Júnior falou ainda do anteprojeto de lei de sua autoria que obriga o Estado a pagar as despesas funerárias de pessoas doadoras de órgãos. Segundo ele, o anteprojeto aprovado na Aleac é uma forma de incentivar a família a permitir a doação, tendo em vista que o número de doações é muito pequeno.

“Esse projeto não deixa de ser um incentivo, uma espécie de estímulo. Nós temos que tentar de tudo para poder conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos. O número de doação no Acre ainda é muito pequeno, essa realidade precisa mudar”, enfatizou.

Para a doação, a pessoa deve ter sofrido de morte encefálica, pois somente assim os seus principais órgãos vitais permanecerão aptos para serem transplantados em outra pessoa.

Pessoas vivas também podem ser doadoras de órgãos, mas apenas aqueles que são considerados “duplos”, ou seja, que não prejudicarão as aptidões vitais do doador após o transplante. Um dos rins ou pulmões, parte do fígado, do pâncreas e da medula óssea são exemplos de órgãos que podem ser doados por pessoas ainda em vida.

Na Explicação Pessoal Heitor Júnior retornou à tribuna para pedir providências da diretora do Hospital das Clínicas com relação a um aparelho de radiografia que se encontra parado há cinco anos.

“Trata-se de um aparelho moderníssimo, que até hoje não saiu da caixa. Há cinco anos que ele está parado e até hoje eu não entendi o motivo. Peço que a diretora da Fundação Hospitalar tome alguma providência com relação a isso porque os pacientes estão sofrendo. Aliás, muita coisa não está funcionando naquela unidade de saúde, temos problemas no setor de transplante, de hemodiálise, sem falar na falta constante de medicamentos”, finalizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac