Deputado Gehlen Diniz cobra instalação da CPI da Sehab

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (16), o deputado Gehlen Diniz (PP) cobrou a instalação da CPI da Sehab, que visa investigar denúncias de irregularidades na distribuição de habitações do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo Federal, coordenado pela Secretaria de Estado de Habitação do Acre.
“Quero cobrar mais uma vez a instalação da CPI da Sehab, eu apresentei o requerimento e agora queremos ver a CPI instalada o quanto antes. A população está aguardando. Vai completar um ano que impetrei nesta casa esse requerimento. Apesar do tempo, penso que podemos colaborar muito ainda. Precisamos que a CPI funcione”, salienta Diniz.
O progressista falou, também, sobre a situação dos piscicultores do Alto Acre. Frisou que estes estão impedidos de exportar o pescado para o Peru e em contrapartida o pescado entregue à empresa Peixes da Amazônia S/A não é pago. O parlamentar explicou que os piscicultores correm o risco de ter suas subsistências ameaçadas tendo em vista essas duas situações.
“Os produtores de peixe estão em uma situação calamitosa. Simplesmente porque a Peixes da Amazônia não paga os mesmos. Conversei com o senhor João Garcia, que vai completar um ano que vendeu o seu pescado e não recebeu da empresa. Ofereceram a ele ração e alevinos pela dívida de R$ 50 mil, mas ele quer o dinheiro. Ele vendeu o pescado, natural querer o dinheiro do fruto do seu trabalho. Outra situação é que o Idaf tem apreendido o pescado que estava saindo para o Peru. Não pode alegar a forma de transporte. O modo de transporte deles é melhor 10 vezes que o da Peixes da Amazônia. Eles fizeram investimentos, mas não podem exportar para o Peru e não vendem para quem não paga. Esses piscicultores estão preocupados com a sua subsistência. Pedimos que governo pelo menos permita a exportação, já que a Peixes da Amazônia não pode pagar”, frisou.
Ao comentar sobre a construção do Museu dos Povos do Acre, Gehlen Diniz afirmou que não é contrário aos investimentos em cultura, mas disse que é necessário priorizar áreas diante da crise econômica vigente no país. Ele citou que neste momento a Segurança Pública necessita ser priorizada.
“O governo está pouco se lixando com a população. Vai construir um museu de R$ 20 milhões, é prioridade esse museu para o povo acreano? Não é. O governador Tião Viana recentemente foi a Curitiba apoiar o Lula, um governo desse tem medo da opinião pública? Não tem. Cabe a nós tirá-lo do poder o quanto antes. Quando dizemos que não é prioridade, os petistas nos taxam como ignorantes. Neste momento a prioridade do Estado do Acre é segurança. Mais de 150 pessoas perderam a vida vítimas de homicídios. Em Sena, a cada dois dias, uma arma de fogo é apreendida”, afirma o parlamentar.
Gehlen Diniz comentou o discurso do deputado Jonas Lima (PT). Disse que o modo petista acreano de atuar é o mesmo de Brasília. ” Vemos os deputados petistas nos acusando de ser contra o povo. Os deputados do PT passam por um treinamento em Brasília, ou seja, acusar os adversários pelos próprios erros. Eles elegem o Temer e nos acusam. Já disse aqui que esse governo não tem legitimidade para fazer uma reforma dessa. Sou contra todo tipo de reforma que retire os direitos dos trabalhadores”, salienta.
Finalizando, o progressista fez uma retrospectiva dos governos anteriores ao governo Temer. Argumentou que em 2003 o então presidente Lula taxou os inativos. E foi além, ao frisar que deputados federais e senadores acreanos do PT votaram favoráveis às medidas que retiraram direitos dos trabalhadores.
“Em 20003 o Lula fez o quê? Taxou os inativos. Quem fez isso? O Lula. Fez isso com todos nós, trabalhadores. Vamos pegar a mesma máquina do tempo e voltar para um passado menos remoto. Todos os deputados federais e senadores votaram a favor da medida provisória que retira direitos dos trabalhadores. Agora tem que trabalhar 12 meses para ter direito ao Seguro Desemprego. Mexeram na pensão por morte também. Vou dizer o que é ser contra o povo: é viajar para Curitiba à custa do dinheiro público para apoiar o Lula, nomear mais de 300 comissionados, é ir aos EUA para fazer curso de inglês. Ser contra o povo é gastar R$ 2 bilhões e não termos uma BR-364. É gastar mais de R$ 1 bilhão e não termos ruas pavimentadas pelo Ruas do Povo. Ser contra o povo é você passar mais de um ano para consertar um equipamento de radioterapia. Ser contra o povo é você ter cargos no governo e por isso vir defender um governo corrupto desse nesta casa”, finaliza.
José Pinheiro
Agência Aleac