Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Daniel Zen destaca início das obras do Museu dos Povos Acreanos

Em discurso na sessão desta terça-feira (16), o líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Daniel Zen (PT), comemorou a assinatura da ordem de serviço para o início das obras do Museu dos Povos Acreanos. Na última sexta-feira (12), o governador Tião Viana (PT) fez a assinatura do documento.

“Gostaria de fazer o registro do belíssimo ato que o foi a assinatura da ordem de serviço para início das obras do Museu dos Povos Acreanos, o mais significativo espaço de memória e, sem dúvida alguma, um dos mais relevante do país. A obra tem como fonte de recursos o Proser, que conta com ações em diversas áreas, como o saneamento básico dos municípios isolados. A pessoa que fez a crítica esqueceu de ler o escopo do projeto que traz no termo ‘inclusão socioeconômico’, as demais áreas governamentais como a Saúde, a Segurança, o Turismo, a Assistência Social e a Cultura. Portanto, não tem nada de errado com a fonte de recursos. Só temos que louvar mais essa iniciativa”, salienta.

Ao comentar o pronunciamento dos parlamentares de oposição, Daniel Zen afirmou que o acesso à cultura é um direito constitucional, portanto deve ser respeitado conforme as demais áreas da gestão pública.

“O que me deixa abismado é a visão estreita. Cultura é uma fatia do bolo e não apenas a cereja do bolo. Povo sem memória não é povo. País que não valoriza a sua trajetória, os primórdios do seu desenvolvimento, da sua origem não tem sentido. São R$ 32 milhões em investimento nesse museu. Eu não acho muito, não. Todo o investimento global em cultura não vai dar 1%”, cita.

Zen destacou os avanços obtidos no Acre pelos governos da Frente Popular do Acre. Ele argumentou que o debate se ‘apequena’ quando priorizam outras áreas e esquecem das manifestações culturais nas mais diversas áreas.

“Os governos da FPA sempre investiram mais que o mínimo constitucional. O Estado investe R$ 3 para cada R$ 1 investido pelo governo federal na Saúde. Como que não investe em áreas prioritárias? Acabou de fazer concurso para a Polícia Civil e Militar, acabou de convocar servidores para a Saúde. Pelo amor de Deus, eu não queria nunca ter sido filho dessas pessoas, porque têm uma ignorância na alma. E um coitado, é um ignorante. Para entender o presente tem que valorizar o passado, para se inspirar nas coisas boas e aprender com os erros”, reitera.

Finalizando, Daniel Zen afirmou que não se pode querer colocar a obra em uma ‘nuvem de mistérios’, na tentativa de querer colocar irregularidades no seu processo de desapropriação.

“Não dá para aceitar essa tentativa de colocar uma nuvem de mistérios. O processo de desapropriação é público. Não tem mistério nenhum na desapropriação do imóvel. Não tem capricho pessoal nesse projeto. Em que pese termos cadastrados espaços de memória, mas são espaços simples. Estabelecer um projeto, idealizá-lo, fazer a captação de recursos, iniciar uma obra é louvável. A obra vai gerar empregos e vai ser mais um atrativo para a nossa cidade. Não é uma obra para cumprir desejos ou caprichos de quem quer que seja. O Turismo é a segunda atividade que mais movimenta recursos no mundo, porque não dotar Rio Branco de espaços culturais? Isso é economia, emprego, educação. Uma coisa não exclui a outra”, pontua.

José Pinheiro
Agência Aleac