Deputado Jairo Carvalho questiona gastos na restauração da Casa de Chico Mendes
Durante a sessão desta quinta-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Jairo Carvalho (PSD) questionou os investimentos feitos na reforma da casa do líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes, em Xapuri. Ele frisou que foram gastos mais de R$ 118 mil na reforma. Em 2015, a residência histórica sofreu com a enchente dos rios Xapuri e Acre.
“Fui até Xapuri após me ligarem e constatei a reforma da casa do Chico Mendes. Uma casa de tamanho seis por dez, mas que foram gastos mais de R$ 118 mil. Após 30 anos da morte de Chico Mendes ele ainda continua dando prejuízo para o Acre”, disse o deputado.
Jairo Carvalho ressaltou, ainda, que não está em discussão quem investiu os recursos, mas o valor que foi gasto. Para ele, o projeto de reforma e restauração não necessitaria de um ‘valor exorbitante’, e poderia ter sido levado em consideração a aquisição de produtos regionais para a obra.
“Isso é um absurdo, um assalto ao dinheiro público e eu não posso me calar. Uns 30 mil dariam para pintar a cerca e passar cal no pé de castanhola. Não está em discussão quem está roubando o dinheiro do povo. Ainda bem que não descobriram em que lugar do além está o Chico Mendes, senão iam levar dinheiro para ele também”, pontua o deputado de oposição.
O parlamentar acreano comentou a Operação Lava Jato e a lista divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Carvalho parabenizou o senador Sérgio Petecão (PSD/AC) por não estar em nenhuma lista de investigação.
“Até hoje o meu senador não foi citado em lista nenhuma. O Petecão, senador 100% popular, não foi citado, o meu querido senador. Isso nos orgulha muito”, frisou.
Outro assunto levantado pelo deputado, foi referente à possível invasão da polícia boliviana ao território nacional para prender um jovem acreano que teria cometido um delito em Cobija. O parlamentar alertou que a situação é grave e tem acompanhado o caso.
“Está ali a dona Francisca Nogueira, mãe do rapaz que foi sequestrado no Brasil pela polícia boliviana. Estamos à disposição e vamos, sim, em busca de apoio para que se resolva esse problema”, argumentou.
José Pinheiro
Agência Aleac