Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Jenilson Leite afirma que demissões na Saúde poderão comprometer funcionamento do Pronto Socorro

O deputado Jenilson Leite (PCdoB) disse na sessão desta quinta-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que a demissão dos servidores da Saúde que estão com contratos irregulares no governo do Estado irá comprometer significativamente o atendimento no Pronto Socorro de Rio Branco. O parlamentar informou que participou de uma reunião naquela unidade de saúde e constatou a falta de profissionais em diversos setores.

“As demissões estão acontecendo em um ritmo maior que as contratações. Estamos correndo o risco de fechar o setor de observação do Pronto Socorro com 60 leitos. Serão bloqueados leitos na UTI em função da falta de profissionais e isso não podemos admitir. Ainda estamos com problemas no centro cirúrgico porque os instrumentadores estão na lista dos demitidos na recomendação apresentada pelo Ministério Público”, disse.

O deputado relatou que o centro cirúrgico pode parar se os profissionais ameaçados de demissão resolverem paralisar as atividades. “Sugiro que tenhamos uma conversa com o MP e a SGA para que possamos manter os profissionais até que sejam contratados os aprovados em concurso público. A escala do mês de março está totalmente furada e isso é muito grave. Ontem os instrumentadores do centro cirúrgico aceitaram trabalhar, mas daqui para a frente não sei como vai ficar. O atendimento poderá entrar em colapso caso algo não seja feito”, afirmou.

Jenilson Leite falou ainda sobre os especialistas que se formaram no Programa de Residência Médica do Acre nesta semana. Segundo o deputado, ainda que os profissionais se especializem no Acre muitos deixam o Estado após a especialização.

“O governo se esforçou para formar os residentes no Estado, mas por algum motivo eles não estão permanecendo aqui. Além de Residência Médica, nós precisamos desenvolver instrumentos que façam com que esses profissionais continuem no Acre para cuidar da população. Um planejamento deve ser feito o mais rápido possível, não podemos permitir que os médicos que se formam no Acre sigam para outros estados”, finalizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac