“Voto contra, aumento de impostos não”, diz deputado Gehlen Diniz

Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) durante a sessão desta quarta-feira (14), o deputado Gehlen Diniz (PP) foi um dos parlamentares que se manifestou contrário ao projeto de lei de autoria do Poder Executivo que prevê uma alteração na Lei do ICMS. O pacote tributário pretende aumentar os impostos sobre bebidas alcoólicas e não alcoólicas, cigarros e produtos de beleza, além de ampliar as responsabilidades e criar uma série de obrigações para os empresários.

O oposicionista frisou que em um período de crise o aumento de impostos será automaticamente repassado para os consumidores, a quem caberá pagar a conta final. “É mais um presente de Natal do governador Tião Viana para a população do Acre. Ele é tão gentil que resolveu presentear os empresários com mais um projeto de aumento da carga tributária, que mais na frente será descarregado no consumidor. Um PL que não tivemos tempo de discutir, um projeto que não foi debatido com a classe empresarial, um PL que chegou aqui na calada da noite para esta casa votar”, disse.

O deputado também se posicionou contrário ao projeto de lei que autoriza o governo do Acre a realizar empréstimo no valor de R$ 150 milhões junto à Caixa Econômica Federal. “Essa matéria chegou a esta casa às 20 horas de ontem, no apagar das luzes. Faltam dois anos para acabar o mandato do governador Tião Viana e ele quer empurrar na conta dos nossos filhos, ou melhor, dos nossos netos mais um empréstimo. A oposição não votará favorável a essas matérias. Isso é um absurdo, é empréstimo atrás de empréstimo e a desculpa do governador é que esses recursos serão investidos na Educação, Saúde e Segurança. Tudo balela”, complementou.

Para concluir, Gehlen Diniz disse que o governador não respeita os deputados estaduais. “Se respeitasse esta casa não enviaria projetos importantes como estes na calada da noite. Todo final de ano é a mesma coisa. Por isso já estou adiantando que voto contra esse PL para mais um empréstimo do governo. O que aconteceu com os empréstimos do ano passado? Onde todo aquele dinheiro foi investido? Nos setores da saúde e segurança é que não foi”, frisou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac