“Até quando o governador Tião Viana vai brincar de fazer Segurança Pública?”, questiona deputado Gehlen Diniz

O deputado Gehlen Diniz (PP) comentou na sessão desta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o aumento da violência no Estado. Ele questionou os deputados da base governista acerca do trabalho desenvolvido pelo governador Tião Viana (PT) no combate ao crime.
“Não poderia tratar de outro assunto que não a insegurança pública que vivenciamos. Eu pergunto aos deputados da base: até quando o governador Tião Viana vai brincar de fazer Segurança Pública? Quem imaginava que poderíamos chegar numa situação dessa: cabeças decepadas, pessoas sitiadas em suas casas, com medo de sair às ruas. Onde está o controle eu não sei. Quem está no controle é o banditismo, é o PCC e o Comando Vermelho”, lamentou.
Gehlen Diniz comentou, ainda, a situação dos agentes penitenciários. Ele argumentou que esses profissionais da Segurança Pública estão expostos às ações do banditismo, isso porque eles não dispõem de armamento, coletes e munições para exercerem as suas funções nos presídios acreanos.
“Creio que a população do Acre não sabe que eles não têm armamento, não têm coletes e nem sequer água para beber. As mulheres precisam atravessar todo o presídio masculino para poder chegar ao pavilhão feminino que fica nos fundos, em um local insalubre, sem segurança”, denuncia o parlamentar progressista.
O deputado oposicionista frisou que não há como negar que houve uma chacina no Acre. Para ele, é necessária a presença permanente da Polícia Militar nos presídios acreanos para dar suporte ao trabalho realizado pelos agentes penitenciários. “Uma chacina já aconteceu. Quatro mortos é uma chacina. O governo vai e culpa os agentes penitenciários. No momento da rebelião não havia um policial militar. Mas isso o governo não enxerga. O Sistema de Segurança Pública não observa”, salienta.
Ao finalizar seu pronunciamento, o progressista parabenizou os profissionais em Segurança Pública por terem evitado uma tragédia maior. “Sem o esforço dos profissionais da Segurança Pública nós já teríamos tombado também. Temos que reconhecer o esforço desses profissionais. Semana passada denunciei a situação no Pronto Socorro. Este é o Estado que nós queremos? E o governo investe apenas em propaganda, dizendo que está tudo bem. Isso é fruto de um governo desastroso”, completa.
Diniz salientou que os deputados da base de apoio ao governador Tião Viana (PT) se esforçam para afirmar que a culpa não é do Executivo, mas da bancada federal que não aloca recursos para a Segurança Pública. Ele falou que o montante de emendas dos parlamentares não pode ser comparado ao valor do orçamento estadual.
“Eu observo a fala dos deputados governistas que se esforçam para explicar a situação da Segurança Pública. Culpam os deputados federais que não alocam emendas. Os R$ 15 milhões em emendas são poucos diante do orçamento, que é da ordem de R$ 6 bilhões. É brincadeira isso. Se fosse a primeira vez eu daria um desconto. Toda semana praticamente isso acontece”, destaca.
Quanto a uma possível saída do secretário de Segurança, Emylson Farias, o parlamentar disse que essa não é a melhor decisão. “Creio que não é a atitude mais correta exonerar o secretário. Podem colocar o Superman, mas se não equiparem a Secretaria não farão nada”, defendeu.
José Pinheiro
Agência Aleac