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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Aleac realiza sessão conjunta para homenagear farmacêuticos e profissionais do Centro Estadual de Transplantes

sesolene290916A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou uma sessão solene conjunta nesta quinta-feira (29), para celebrar os 10 anos da Central Estadual de Transplantes e o Dia Internacional do Farmacêutico, este comemorado no último dia 25 de setembro. A iniciativa do evento foi do deputado Daniel Zen (PT) e do deputado Heitor Júnior (PDT), aprovada pelos demais parlamentares.

O presidente da Aleac, em exercício, deputado Eber Machado (PSDC), disse que o Parlamento acreano é um parceiro da Central Estadual de Transplantes e dos farmacêuticos. Ele repassou, ainda, a mensagem deixada pelo presidente da Assembleia, deputado Ney Amorim (PT), que cumpre agenda externa.

“Irmanados por esse momento que esta Casa abrace essa causa e torne-se parceira dessa luta. Nós necessitamos do trabalho de vocês. Vocês salvam vidas e isso não tem preço. O presidente Ney Amorim pediu para transmitir aos senhores que esta Casa é o porto seguro de vocês. Contem com o Parlamento acreano”, pontuou.

Em pronunciamento, o deputado Heitor Júnior (PDT) disse que é importante que as famílias se sensibilizem sobre a importância da autorização para a captação de órgãos, após a confirmação do óbito por uma equipe médica. Ele relatou que o percentual de doação de órgãos e tecidos é mínimo.

“Teríamos a chance de zerar a fila de espera para transplantes de córneas e fígado, por exemplo, se as famílias soubessem da importância da doação de órgãos. O meu trabalho eu faço como posso, atualmente mantenho 10 pessoas na cidade de Fortaleza, sete delas já foram transplantadas. Enquanto eu existir e tiver força, nenhum portador de hepatite do Acre vai passar despercebido”, disse.

O parlamentar também parabenizou o trabalho realizado pelo Conselho de Farmácia do Estado do Acre. “Sei da decência e da honradez que tem essa profissão. Esse órgão realiza um trabalho de excelência no Estado e tem contribuído bastante para fortalecer a saúde pública do Acre”, enfatizou.

Daniel Zen (PT) também falou sobre a necessidade de conscientizar as famílias para permitir a doação. “As pessoas que desejam se tornar um doador devem fazer essa manifestação ainda em vida. Eu já falei lá em casa que depois da minha passagem eu quero ser um doador de órgãos e tecidos. Não tem nada sombrio nisso. Doar um órgão, um pedaço do seu corpo, é uma manifestação de amor, de respeito à vida, de solidariedade. É o gesto mais belo que um ser humano pode ter”, afirmou.

A coordenadora da Central de Transplantes do Estado, Regiane Ferrari, disse que muitos avanços foram conquistados com o apoio do governo do Estado, entre eles o aumento no número de transplantes. Porém, ainda há muito a fazer, mas, para isso, a Central depende de um fator essencial: a autorização de doação de órgãos por parte dos familiares.

“Se qualquer cidadão desejar ser doador de órgão, ele precisa deixar isso claro para os familiares ou amigos. Não adianta deixar por escrito, porque quem irá autorizar ou negar serão os familiares, por isso é importante ter essa conversa com a família”, complementou.

A superintendente do Hospital das Clínicas do Acre, Juliana Quintero, agradeceu as famílias doadoras e ao governador Tião Viana (PT) pelo incentivo à doação de órgãos. “O meu discurso é de agradecimento. Agradecer a central de transplante pelo belo trabalho. Agradecer a esta Casa, aos profissionais médicos, de enfermagem, os farmacêuticos, ao governador Tião Viana que vem incentivando essa causa desde quando era médico. Agradecer as famílias que através da morte concedem a vida. “, salientou.

Representando as famílias de doadores de órgãos, Valdir Miguel dos Santos falou sobre a necessidade da conscientização das famílias para fazerem a doação. Ele lembrou, ainda, que a iniciativa coloca fim ao sofrimento de outras famílias que aguardam por um transplante.

“Gostaria de agradecer a Deus por esta oportunidade. É uma felicidade muito grande ter os senhores engajados nessa campanha. Hoje está fazendo 10 meses que nós perdemos o nosso filho, Bruno Cristiano. Ele era uma pessoa que gostava de viver e sabia viver. O mais importante é quando você conversa com a família e tem consciência disso, fica muito mais fácil a doação. A gente não atinge apenas a pessoa necessitada, mas as pessoas que estão em volta daquela pessoa que aguarda o transplante”, cita.

Conforme dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e julho deste ano foram feitos 12 mil transplantes, marca alcançada graças a 1.438 doadores. De acordo com o governo, o quantitativo é recorde. O número de doadores no primeiro semestre teve um crescimento de 7,4% em relação ao mesmo período de 2015.

José Pinheiro/Mircléia Magalhães
Agência Aleac