“A sentença não terá o condão de reparar o sofrimento daqueles que foram presos na G7”, diz deputado Daniel Zen
O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Daniel Zen (PT), comentou na sessão desta terça-feira (27) a divulgação da sentença que inocentou os acusados de fraude em licitação na Operação G7, da Polícia Federal. A absolvição dos acusados se deu na forma do Artigo 386, I, do Código de Processo Penal (CPP), uma vez que foi declarada insubsistente a acusação de que tenham fraudado licitação pública.
Para Daniel Zen, ainda que a sentença tenha sido pela absolvição nada reparará o sofrimento e a dor daqueles que foram presos.
“Em relação à G7, o que me entristece é essa postura de agentes públicos que têm como função garantir os direitos fundamentais do cidadão. Os chamados agentes da lei, operadores do Direito. A prisão do ex-ministro Guido Mantega, por exemplo. Ele foi preso de manhã e à tarde relaxaram a prisão dizendo que ele não oferecia risco, isso já causa um estrago na vida da pessoa. Tudo bem, somos seres humanos, todo mundo erra, mas o fato deles terem sido absolvidos não amenizará ou reparará a dor e todo o sofrimento que eles passaram juntamente com as famílias”, disse.
O deputado enfatiza que foi feito muito estardalhaço e houve muita exposição dos acusados, mas nada ficou provado. “O que aconteceu na operação G7 foi prejulgamento, linchamento moral que causaram dor, um olhar discriminatório devido a tudo que saiu na imprensa. A sentença não terá o condão de reparar todo o sofrimento daqueles que foram presos. Não estou criticando as instituições, apenas estou falando de algumas pessoas que se dizem justiceiros, pessoas vaidosas, que gostam de aparecer aos holofotes. Se todo poder emana do povo, deveríamos votar também para promotor de Justiça, delegado de polícia como acontece em outros países. Não se pode substituir a democracia pela meritocracia”, afirmou.
O parlamentar destacou ainda a primeira Jornada de Alfabetização do Programa Quero Ler – para erradicação do analfabetismo no Estado. O evento, que reuniu professores, alunos, coordenadores e diretores do programa, aconteceu na última segunda-feira (26), no Teatro Plácido de Castro. Na ocasião, houve a apresentação de várias atividades lúdicas como danças, leituras, contos de história, etc.
“Ontem foi realizado um evento no Teatro Plácido de Castro para marcar os primeiros quatro meses de funcionamento do Programa Quero Ler, esse projeto único e incrível que atende mais de 6 mil alunos. Quero parabenizar o governo do Estado e o Secretário de Educação pela execução desse programa que tem mudado para melhor a vida de muita gente. Eu sinto orgulho desse projeto que é, sem dúvida nenhuma, o mais importante do segundo mandato do governador Tião Viana”, enfatizou.
Zen ressaltou que o programa Quero Ler no Acre reúne atualmente 486 turmas e possui quase oito mil alunos. Recentemente foi estendido para as cidades de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó. Até fim de dezembro a meta do governo é se aproximar das 600 turmas e alcançar a marca de dez mil alunos sendo alfabetizados.
O deputado também falou sobre a ordem de serviço assinada ontem (26) pelo governador Tião Viana (PT), na Cidade do Povo, para a construção de mais 12 praças e um Centro de Referência em Assistência Social (Cras). O investimento será de R$ 5 milhões, entre recursos federais e estaduais.
“As praças e o Cras proporcionarão mais opções de lazer e cidadania aos moradores do maior conjunto habitacional do Acre. Esta é uma responsabilidade enorme do governo com a vida social da Cidade do Povo. Vale lembrar que são 12 mil casas entregues só no governo de Tião Viana, por meio dos programas habitacionais, acompanhadas de áreas culturais, esportivas, de saúde e educação. Um esforço enorme desse governo”, finalizou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac