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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Aleac lembra o Dia do Índio com lideranças indígenas em plenário

A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) recebeu, nesta terça-feira (19), diversas lideranças indígenas para discutir políticas públicas voltadas para os povos da floresta na data em que se comemora o Dia Nacional do Índio. O pedido para receber os indígenas partiu do deputado Jenilson Leite (PCdoB) e foi acatado pelo presidente do parlamento acreano, deputado Ney Amorim (PT).

Ney Amorim saudou as lideranças e destacou a importância da data para os povos indígenas. Ele ressaltou, também, o comprometimento do governador Tião Viana (PT) com os povos da floresta.

“É uma honra para nós recebermos várias entidades representativas dos povos indígenas. Sejam todos bem-vindos à Casa do Povo. Gostaria de dar um testemunho que o governador Tião Viana é o governador que mais apoiou os povos indígenas. O sentimento desta Casa é sempre de acolhê-los e recebê-los. Que possamos estar pensando cada vez mais na inclusão e melhoramento da vida dos povos indígenas”, pontua o parlamentar.

O autor do requerimento, deputado Jenilson Leite (PCdoB), acrescentou que é necessário esse diálogo permanente com as comunidades. O parlamentar colocou o mandato à disposição e sugeriu a realização de uma audiência pública para debater os assuntos da causa indígena.

“Precisamos conversar sobre as políticas públicas desenvolvidas, analisar como era a vida antes nas aldeias e como está agora. É necessário pensar o que queremos para o futuro”, disse Jenilson Leite.

O assessor especial de assuntos indígenas do governo do Acre, Zezinho Kaxinawá, ressaltou a data afirmando que o governo do Acre tem se empenhado para apoiar os povos indígenas. “Neste momento estamos tendo várias comemorações em Feijó, Tarauacá e Jordão, isso demonstra o fortalecimento do governo do Estado no apoio às causas indígenas”, discorreu.

Já o representante dos povos Apurinã, Antônio Apurinã, pediu o cumprimento da legislação indígena que vem sendo desrespeitada na maioria das terras indígenas com a invasão de madeireiros e mineradores, além do avanço da pecuária sobre essas comunidades em todo o país. “Temos um número considerável de leis que garantem os nossos direitos, mas parece que a ambição é maior é aí não se valoriza o que está previsto na Constituição. Nos últimos tempos muitos recursos foram terceirizados e os povos indígenas ficam pedindo esmolas”, lembra.

Várias lideranças parabenizaram a Assembleia Legislativa do Acre pela iniciativa e lembraram a importância do Parlamento acreano. O exemplo disso foi o discurso do líder indígena Ninawa Huni Kuin, da etnia Kaxinawá. “Este é um momento oportuno que esta Casa nos concede. Difícil seria se esta Assembleia ignorasse a causa indígena. Mas é muito salutar sabermos que os nossos parlamentares têm essa preocupação com a causa indígena”, argumenta.

Existem no território acreano pelo menos 12 povos reconhecidos pelo governo do Estado. São eles: Kaxinawá, Yawanawá, Katukina, Jaminawa, Kulina, Ashaninka, Nukini, Poyanawa, Manchineri, Arara, Apurinã, Kaxarari. Esse contingente representa 14.451 indivíduos distribuídos em 146 aldeias. As terras ocupadas correspondem a 13,61% do território acreano.

José Pinheiro
Agência Aleac