Deputado Gehlen Diniz afirma que impeachment não é golpe e diz que pedaladas fiscais são crime

Em discurso na sessão desta terça-feira (29), o deputado Gehlen Diniz (PP) discordou da hipótese de que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) seja um golpe. Ele afirmou que há indícios de crime de responsabilidade fiscal praticado por Dilma nas chamadas ‘pedaladas fiscais’, que seria a retirada de dinheiro junto a instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal, não havendo a devida reposição.

“Nossa presidente vai ser afastada por pedaladas fiscais. Simplesmente usou o dinheiro dos bancos como Caixa, BNDES e não repôs. E isso é crime pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o parlamentar.

O progressista acrescentou que a presidente Dilma fez “um gol contra” ao convidar para o governo o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Ela deu um habeas corpus para o ex-presidente para ele usar quando necessário. O PT perdeu para ele mesmo. Fez um gol contra quando trouxe para dentro do governo uma pessoa acusada de corrupção”, frisou.

Gehlen Diniz discordou do deputado Daniel Zen (PT), que afirmou que com a saída de Dilma Rousseff o país mergulharia em trevas. E argumentou que a visão petista foi apenas a perpetuação no poder.

“Só a expectativa de perder os cargos já causa calafrios. Temos que estar prontos. O PT não tem que ter medo de perder o poder. O PT tinha tudo para transformar esse país em um país melhor. O país está enfrentando uma recessão como nunca antes na história. O PT errou e errou feio. Pensou apenas em se perpetuar no poder. Golpe é você não respeitar as pessoas e se apropriar do dinheiro público”, considerou.

Ao final do discurso, Gehlen parabenizou o Supremo Tribunal Federal (STF) e as demais instituições envolvidas na Operação Lava Jato, que visa coibir atos de corrupção na Petrobras. Ele parabenizou, ainda, o juiz Sérgio Moro pela condução dos trabalhos na Lava Jato.

José Pinheiro
Agência Aleac