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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Eber Machado diz que governo do Estado pode causar maior apagão do Acre com ação judicial contra Eletrobras

eber101115O deputado Eber Machado (PSDC) comentou na sessão desta terça-feira (10), a notícia veiculada num jornal local que afirma que o governo do Estado poderá causar o maior apagão da história do Acre. De acordo com a reportagem, há mais de dois anos o governo briga na Justiça com a Eletrobras Distribuição Acre, cobrando um suposto débito de R$ 120 milhões de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS). A matéria fala ainda da possibilidade da Eletrobras perder o contrato de concessão, já que existe a impossibilidade de acessar certidões por conta do processo judicial.

Para o deputado, a perda de concessão poderá causar o maior apagão do Estado. “A matéria afirma que o governo entrou com uma ação judicial contra a Eletrobras, que atualmente está sem contrato de concessão. O caso é grave e se a empresa não conseguir um novo contrato, aí sim nós vamos ter um verdadeiro apagão. O Estado está cobrando R$ 120 milhões da Eletrobras pela perda de energia por conta de gatos, desvios, furtos e também pelo subsídio do óleo diesel para geração nos sistemas isolados, e advinha quem vai pagar essa conta? ” questionou.

Segundo o parlamentar, se o governo do Acre perder a ação judicial para a Eletrobras, quem pagará a conta será a população acreana. “Os apagões que foram discutidos durante audiência pública na semana passada são uma marolinha comparados a esses R$ 120 milhões. Imagina se o governo perde esta ação judicial para a Eletrobras? Quem pagará esta conta é o povo do Acre”, afirmou.

Quanto à audiência realizada no dia 23 de outubro pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal e entidades sindicais, que discutiu o Projeto de Lei nº30, de 2015, que prevê a terceirização de inúmeras atividades profissionais no país, o parlamentar também se manifestou. De acordo com Eber Machado, a situação financeira das empresas terceirizadas que prestam serviço para o governo do Acre é crítica.

“Algumas prestadoras de serviço estão há mais de seis meses sem receber os repasses para pagar seus funcionários. Os donos de empresas e administradores de cooperativas denunciam que o governo na hora da formalização dos contratos de prestação de serviços apresenta a lista com os nomes das pessoas que a empresa deve contratar. As terceirizadas estão contraindo empréstimos para honrar o pagamento de seus funcionários, pois os repasses não são feitos pelo governo no mês previsto”, disse.

Ainda, segundo o parlamentar, a repactuação dos contratos de prestação de serviços também não estaria sendo realizada desde 2010. “A própria Sefaz está com três meses sem pagar a Coopeserg. Quem tem a chave do cofre está dando este exemplo, imaginem as demais”, ressaltou.

O deputado relatou que algumas empresas estão há sete meses sem receber. “Falam de um buraco negro que o Estado não tem mais como recuperar. Tem empresa que o Estado deve há sete meses, uma dívida de R$ 6 milhões. Um exemplo foi o arrombamento da OCA. Invadiram e saquearam por falta de segurança, eles saíram por falta de pagamento”, enfatizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac