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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

“Caos nas Águas: Edvaldo Magalhães expõe falta de preparo e descaso com desabrigados em Rio Branco

Em discurso proferido na sessão desta quarta-feira (28), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) expôs um quadro chocante de desumanidade e negligência enfrentado pelas famílias atingidas pela cheia em Rio Branco. Em suas palavras, ele destacou: 

“Ontem o caso repercutiu e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalon, foi até o Parque de Exposições onde estão sendo recebidos os desabrigados pela enchente e todos assistimos a um episódio que retrata a desumanidade, o descaso e a incompetência”, disse.

O parlamentar criticou veementemente a falta de preparo e planejamento das autoridades locais, ressaltando que o desastre era previsível e que medidas poderiam ter sido tomadas com antecedência para mitigar seus impactos:

“A incompetência é gritante, a cheia estava anunciada há muito tempo, o plano de contingência durante os seis anos do ex-prefeito Marcus Alexandre sempre funcionou, quando o rio atingia 12 metros já tinha no mínimo 150 boxes montados no parque de exposições aguardando se iria ultrapassar ou não a cota de transbordamento. Isso se chama preparo, plano”, complementou.

O oposicionista denunciou ainda as condições deploráveis em que os desabrigados estão sendo submetidos, incluindo a falta de separação entre pessoas e animais, além da ausência de privacidade e cuidados adequados para as crianças.

“Estão misturando pessoas com animais, sem cuidados, crianças sem o mínimo de privacidade e ainda têm que ficar na fila de espera para receber as refeições. Isso é um absurdo, não ser bem acolhido é algo que deve ser questionado publicamente”, enfatizou.

Além disso, Edvaldo Magalhães destacou a importância da ação imediata das autoridades e a disponibilidade de recursos emergenciais por parte do governo federal, criticando a demora das prefeituras em solicitar apoio: “Essa possibilidade estava aberta desde segunda-feira. Porque quem agiliza os processos recebe os recursos primeiro”, disse.

Concluindo seu discurso, o deputado enfatizou que sua preocupação não é interesse político, mas sim humanitária: “Esse registro aqui eu faço não para fazer disputa política, mas porque é uma questão de humanidade”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale