Edvaldo Magalhães apresenta evidências da “máfia dos consignados”

Na sessão desta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) utilizou a tribuna para retomar o debate sobre a “máfia dos consignados”. O discurso veio após um pedido do líder do governo, deputado Manoel Moraes (PP), que desafiou o parlamentar a apresentar casos concretos em relação a esse tema.
Magalhães respondeu ao desafio entregando 24 casos concretos de fraude, totalizando um montante de mais de R$ 900 mil. Cada caso apresentado continha nome, matrícula e CPF, fornecendo evidências concretas das irregularidades. Edvaldo disse que mesmo após provar, o secretário de Administração, Paulo Roberto o questionou através de um site local, alegando que ele estava fazendo acusações generalizadas contra os servidores da referida secretaria.
Magalhães enfatizou que não estava acusando indiscriminadamente os servidores, mas sim apresentando casos reais de fraude. Ele também destacou que o secretário de Administração é o responsável pela plataforma Fênix Soft, que gerencia todas as operações consignadas do Estado e elabora a folha de pagamento, portanto, todos os dados dos servidores estão sob sua responsabilidade, tornando-o o principal responsável por supervisionar essas atividades.
Magalhães desafiou o secretário a apresentar os resultados de uma suposta sindicância interna que teria sido aberta na Secretaria. O deputado alega ter em mãos 19 casos de irregularidades evidentes, nos quais servidores ou aparecem com múltiplas matrículas ativas, ou tiveram suas matrículas removidas da folha de pagamento. Ele declarou a intenção de protocolar essas 19 provas concretas na secretaria de gestão.
“Quero lembrar ao secretário também que um cargo de confiança dele disse que foi aberta uma sindicância interna e eu peço a ele que traga o resultado dessa investigação a público. Para facilitar, tenho em mãos 19 casos, num deles, Maria fulana de tal fez uma operação consignada, com uma matrícula e um CPF, depois aparece com 3 matrículas ativas. Tenho 10 casos com nome e CPF completo e mais 9 casos de matrículas que não estão mais na folha, sumiram. Coloco tudo agora dentro de um envelope e meu assessor vai lacrá-lo, descer as escadas da Aleac e protocolar na Secretaria de Gestão”, afirmou.
O comunista indicou que basta o secretário Paulo Roberto pegar os documentos enviados por ele, abrir o sistema de folha e verificar de quem é a digital que alterou as matrículas. “Ele tem a plataforma e a folha que é de responsabilidade dele. Agora vou aguardar a entrevista coletiva do secretário para explicar quem fez essa patifaria para alimentar a máfia dos consignados na secretaria que ele comanda”, finalizou.
Texto: Andressa Oliveira
Foto: Sérgio Vale