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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Edvaldo Magalhães cobra ações imediatas para resolver crise no transporte escolar e situação de famílias acampadas no hall da Aleac

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) em um discurso na sessão desta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), trouxe à tona questões críticas que afetam diretamente a educação e a situação de famílias acampadas nas dependências do prédio do legislativo.

No centro de sua preocupação está a crise no transporte escolar no município de Marechal Thaumaturgo. O deputado relatou que aproximadamente 90% dos estudantes do ensino médio da cidade estão sem aulas devido à falta de transporte. O motivo, segundo ele, é a falta de pagamento da Secretaria de Educação aos responsáveis pelo transporte escolar, incluindo barqueiros que fazem a travessia de estudantes.

O parlamentar questionou a alegação de crise financeira como justificativa para os atrasos nos pagamentos, pois os recursos destinados ao transporte escolar são carimbados. Ele levanta a possibilidade de incompetência gerencial ou problemas internos na administração da secretaria de educação.

Magalhães também mencionou que recebeu áudios de transportadores da zona rural de Rio Branco, que estão com seis meses de pagamento atrasado, colocando em risco a posse de seus veículos devido à impossibilidade de pagamento das parcelas e do combustível.

“Neste sentido, estou apresentando hoje um requerimento solicitando a presença do secretário de educação, Aberson Carvalho, na Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre a situação e apresentar soluções para garantir que os alunos não sejam prejudicados, especialmente considerando a proximidade das provas do Enem”, disse.

Além das questões educacionais, o oposicionista abordou a situação de famílias acampadas no hall da Assembleia Legislativa. Ele expressou preocupação com as crianças que estão expostas a essa condição, destacando que as famílias acampadas já apresentaram uma solução, mas até o momento o governador não tomou medidas.

O parlamentar enfatizou o papel da Assembleia Legislativa como mediadora de problemas graves e fez um apelo para que a instituição aja em relação ao acampamento, buscando uma solução humanitária para a situação.

“Quero saber o que a Mesa Diretora vai fazer com relação a essa situação, vai fazer de conta que essa cena não existe? Os deputados vão fazer de conta que não deparam com essa cena, porque entram pela garagem? Essa Casa é a casa da mediação. Sempre fizemos isso. A gente faz isso quando tem qualquer problema. Se esta Casa de Leis não virar mediadora dessa situação ela estará sendo covarde. Estará deixando de ser locutora, e isso não pode acontecer de forma alguma”, disse.

Ele defendeu ainda a doação de uma área de terra do Estado, que fica na região do bairro Jorge Lavocat, em Rio Branco. “Eles estão dizendo pode ser na área do lado, no Jorge Lavocat. Tem uma área do lado. Por que não se toma a mesma medida feita com a Marielle Franco, com a ocupação, que mandaram para cá? Entrou o projeto de manhã e de tarde estava aprovado. Foi aprovado a doação da área. Por que não se doa a área do Jorge Lavocat para essas famílias e se resolve esse empasse?”, questionou.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale