Deputado Raimundinho da Saúde discorda do corte de ponto na Educação e diz que greve é um direito

O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) disse durante a sessão desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que não concorda com o corte do ponto dos trabalhadores da Educação em greve há mais de 50 dias, anunciado pelo governo do Estado.
“Não concordo com o corte de ponto ou ameaça de demissão. A greve é um direito dos trabalhadores. Eu não fazia greve assim, não. Fazia mais complicada. Fazia bem bacana”, salienta o parlamentar acreano.
Ele acrescentou que a greve é um direito dos trabalhadores. O deputado, que é sindicalista, parabenizou os servidores. Disse que é ‘vergonhoso’ os salários pagos aos trabalhadores da Educação e da Saúde.
“Tiro o chapéu para os servidores da Educação. Tem que fazer greve mesmo. É vergonhoso hoje os salários que são pagos. Temos que dar no mínimo apoio aos servidores”, completou.
Quanto à eleição no Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Raimundinho pontuou que um ‘banditismo sindical’ está instalado no Acre atualmente. Para o parlamentar, a chapa vencedora foi apoiada pelos trabalhadoras em Saúde e não pelo governo como se cogitou.
“A imprensa dizia que a chapa 1 era a chapa do governo. A chapa 1 foi apoiada por trabalhadores. Eu aprovo os movimentos. A chapa que era apoiada pelo secretário de Saúde era a chapa 3”, frisa.
Ele acrescentou que Daniel do Sintesac, presidente derrotado nas urnas, “não quer largar um orçamento de mais de R$ 1 milhão por ano”, completa.
Ainda na sessão desta terça-feira ele apresentou uma indicação pedindo a contratação imediata de um médico neurologista para atuar no Hospital Regional de Cruzeiro do Sul.
De acordo com ele, há uma deficiência nos quadros daquela unidade e pacientes estão sendo prejudicados pela falta da especialidade. Ele denunciou que médicos estão fazendo fotografias de pacientes e encaminhando para Rio Branco para que neurologistas analisem as imagens e indiquem a situação do paciente.
“Eu fiquei surpreso também quando eu soube que o médico clínico geral tirava uma foto do celular e mandava para o médico neurologista em Rio Branco. A semana inteira recebi várias reclamações do atendimento lá”, disse ele.
Raimundinho da Saúde pediu uma investigação para o caso e solicitou que os profissionais do Pró-Saúde sejam encaminhados para Cruzeiro do Sul.
“É preciso senhor presidente que se investigue isso a fundo. Quantas famílias estão ali e não sabem nem se dirigir à Justiça. Quanto vale uma vida? O Pró-Saúde foi criado nesta Casa justamente levar o atendimento aonde o médico não iria. Usem o Pró-Saúde para a finalidade que foi feito”, disse.