O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado hoje, tem como intuito conscientizar, alertar e enfrentar a exploração sexual contra crianças e adolescentes por meio de ações, debates e campanhas educativas. Antes, o Brasil ocupava o 13° no ranking mundial de países com maior índice desse tipo de violência, atualmente, subiu para a 11° posição.

Este ano, o tema campanha é: “Faça Bonito. Proteja nossas Crianças e Adolescentes”. A data foi escolhida em memória do “Caso Araceli”, um crime que chocou o país no ano de 1978. Araceli Crespo era uma menina de apenas oito anos de idade, que foi violada e violentamente assassinada em Vitória, no Espírito Santo. Seus assassinos foram condenados em 1980, mas em 1991, em um novo julgamento, foram absolvidos. Em 2000, o Congresso Nacional instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes mesma data da morte de Araceli.

Dados da Secretaria de Direitos Humanos apontam um índice elevado no número de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no país. Apenas nos primeiros quatro meses deste ano, houve um aumento de 48%, em comparação ao mesmo período no ano passado. Entre janeiro e junho, o Disque 100, utilizado para a realização de denúncias anônimas, registrou 9.500 denúncias de crimes do tipo, 3.100 a mais que 2022.

Estima-se que todos os anos 400 milhões de crianças e adolescentes sejam vítimas de violência sexual em todo o mundo.  Segundo a Safernet, houve 111.929 denúncias de crimes envolvendo fotos e vídeos de violência sexual contra crianças no Brasil em 2022.

O contato das crianças com aparelhos eletrônicos cada vez mais precocemente, também é um fator que as deixa expostas a esse tipo de situação. O ChildFund Internacional elaborou uma cartilha sobre o ambiente virtual, orientações importantes para mães, pais, crianças e outros cuidadores, além de recomendações direcionadas às organizações.

Texto: Andressa Oliveira