Edvaldo Magalhães: “O Executivo está comprometendo suas finanças com comissionados ao invés de reajustar o valor dos plantões dos técnicos em Saúde”

Em discurso na sessão desta quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), voltou a defender o reajuste dos plantões dos técnicos em Saúde, que abrange técnicos de enfermagem, de radiologia, entre outros. O parlamentar destacou que o governo do Estado gasta quase R$ 20 milhões por ano com 270 cargos comissionados nomeados recentemente, mas alega não ter R$ 380 mil por mês para reajustar o valor dos plantões.

“Quem acessou o Diário Oficial de hoje viu que mais 25 novos cargos foram nomeados. Tecnicamente, hoje, nós já estamos acima do limite prudencial, mas legalmente será feito no dia 10 a publicação do Relatório Fiscal, porém o governo está aproveitando a folga e fazendo a farra. Eu não canso de ser surpreendido pelo falso argumento que foi utilizado na semana passada no tocante aos recursos”, disse.

Ainda segundo o oposicionista, a reivindicação dos técnicos é mínima diante do gasto do governo do Estado com comissionados. “Faço questão de retomar esse tema e deixar registrado que o problema não é financeiro, não é da ausência de recursos, o problema é da opção política, da escolha que foi feita. De dizer que isso ali não tem importância, aqui tem importância. Estamos falando de R$ 20 milhões referentes a nomeações do dia 30 e de hoje, dia 3. O Executivo está comprometendo as suas finanças com comissionados ao invés de garantir as gratificações dos técnicos em Saúde que esta Casa apoiou”, complementou.

O parlamentar seguiu seu discurso destacando a importância dos profissionais para o Estado, bem como o trabalho realizado por eles na pandemia. “Muitos profissionais destas categorias perderam a vida durante a pandemia da covid-19. Enquanto fazíamos sessões remotas, eles estavam trabalhando. Sabe o que fez a Assembleia? Aprovou moções de aplausos e entregou diplomas de felicitações. Mas, na hora de mudar o plantão de R$ 78 para um pouco mais de R$ 110, não tem dinheiro, não existe mais recursos. Aquela solidariedade foi para inglês ver”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale