Deputada Eliane Sinhasique aponta falhas no Serviço de Regularização da Saúde

Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), durante a sessão desta quinta-feira (25), a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) afirmou que o Serviço de Regularização da Saúde implantado no ano de 2013, com objetivo de facilitar o acesso da população às consultas com médicos especialistas, apresenta falhas que precisam ser corrigidas imediatamente.

Segundo a oposicionista, o serviço implantado diminuiu as filas nas portas dos hospitais, mas, em compensação, aumentou o prazo de espera no agendamento de consultas e exames.

“O governo implantou esse Serviço de Regularização da Saúde com o objetivo de revolucionar o sistema de atendimento e não foi bem isso o que aconteceu. Quando as pessoas procuram as unidades de saúde para agendar uma consulta com um especialista, o nome do paciente vai para uma lista de espera, ou seja, a pessoa sai do hospital sem saber quando e que horas será atendido pelo médico”, disse.

Ainda de acordo com a parlamentar, a lista contendo os nomes dos pacientes é entregue a uma equipe da Secretaria de Saúde do Estado. “São eles que fazem o agendamento das consultas e exames, o paciente sai da unidade de saúde com a promessa de que irá receber uma ligação daquela Secretaria informando a data da consulta. O problema é que eles esperam meses pela ligação, que muitas vezes nem é feita”, enfatizou.

A deputada citou como exemplo o caso do senhor José Gomes dos Santos, que desde fevereiro aguarda a ligação da Secretaria de Saúde. Segundo ela, ele precisa realizar uma endoscopia e ainda não tem previsão de ser atendido. “Isso é um absurdo, já se passaram quatro meses e o senhor José Gomes ainda aguarda resposta da Secretaria. O governo precisa entender que esse serviço não está funcionando, pelo contrário, serviu para piorar ainda mais a situação”, complementou.

No Grande Expediente Eliane Sinhasique retornou à tribuna para relatar a visita que a Comissão Mista de deputados que integram as Comissões de Direitos Humanos, Segurança e Serviço Público da Aleac têm feito aos centros socioeducativos do Acre. De acordo com a parlamentar, a maioria dos centros visitados apresenta problemas de infraestrutura e superlotação.

“O Centro Socioeducativo Santa Juliana, por exemplo, abriga 132 adolescentes num espaço que só cabem 84. A maioria dos jovens não conhece nem os pais, nem o nome do pai na certidão de nascimento eles têm. Aqueles jovens estão sem perspectiva nenhuma de vida. A maioria está ali porque não teve oportunidade de estudar”, disse.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac