“A operação tapa-buracos não será suficiente, terão que refazer a BR-364”, ressalta deputado Gehlen Diniz

O deputado Gehlen Diniz (PP) destacou durante a sessão ordinária desta quarta-feira (17), na Assembleia Legislativa do Acre, que está preocupado com a situação da BR-364 sentido Sena Madureira a Cruzeiro do Sul. Ele citou que esteve reunido com diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no Acre, e obteve a informação que só há recursos para a manutenção da rodovia. Entretanto, há trechos que precisam ser refeitos.

“Confesso a vocês que saí bastante preocupado do DNIT. Foi me repassado que a autarquia vai fazer um esforço grande para que o tráfego não seja interrompido. O DNIT só tem recursos para manutenção da rodovia. A operação tapa-buracos não será suficiente, terão que refazer a BR-364”, concluiu o deputado.

O deputado progressista disse que há várias hipóteses para explicar a situação da BR-364 como, por exemplo, erro na elaboração do projeto ou erro de execução. “Pode ser erro no projeto ou erro de execução. Isso cheira a corrupção. Sabemos que o responsável era o Deracre. Essa rodovia 364 é um enigma”, disse Gehlen Diniz.

Uma reunião entre os parlamentares de oposição e o Tribunal de Contas da União (TCU) está agendada para a próxima semana.

Quanto ao ICMS, o parlamentar disse que há sempre uma preocupação quando o Executivo resolve mudar as taxas de cobrança. Ele orientou as associações comerciais a acionarem a Justiça casos se sintam lesadas com a nova forma de cobrança.

“Me preocupa muito quando o governo resolve mudar a forma de cobrança. Isso recairá sobre a população. Inclusive as associações podem acionar a Justiça”, considera.

Diniz rebateu o discurso do deputado Daniel Zen (PT) e pontuou que a oposição não atrapalha, isso porque o governo tem maioria na Aleac. “A oposição não atrapalha. O governo tem a maioria absoluta. Se viesse como projeto de lei seria aprovado também”, ressalta.

Finalizando, o deputado sugeriu a criação de uma comissão parlamentar para verificar junto às secretarias inadimplentes com empresas que prestaram serviços para o Estado o porquê do não pagamento dessas empresas.

“O governo não paga as empresas. Elas fazem a obra e o governo não paga. Sugiro à oposição montarmos uma comissão para irmos às secretarias. Já citei o caso de um cidadão que construiu uma quadra poliesportiva e o governo não paga, outros construíram ramais e não receberam”, finaliza.