Comissão de Educação da Aleac discute Educação Integral prevista no PEE

Dando prosseguimento às discussões sobre o Plano Estadual de Educação (PEE), a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) se reuniu na tarde da última quarta-feira (10) com professores, coordenadores pedagógicos, diretores e assistentes administrativos das escolas para analisar as metas previstas para o decênio 2015-2024 para o Ensino Fundamental até o 9º ano.

Os objetivos previstos no Plano são: universalizar o Ensino Fundamental até o 9º ano para a população de 6 a 14 anos, até o 2º ano de vigência do plano; universalizar o ensino até 2016 para a população de 15 a 17 anos; alfabetizar todas as crianças até o 3º ano do Ensino Fundamental; implantar gradativamente até metade da vigência do PEE a Educação Integral e por fim: assegurar a universalização do ensino na zona rural dos 4 anos aos 17.

O relator da matéria, deputado Daniel Zen (PT), disse que o Plano Estadual de Educação se refere à Educação como um todo, ou seja, tanto para instituições públicas quanto privadas.

“As questões estabelecidas aqui, elas também vão ter que ser obedecidas pelas escolas particulares. O Plano se refere à Educação como um todo”, completou.

Para o alcance dessas metas, o PEE aposta na formação continuada para diretores, coordenadores pedagógicos, professores, além do corpo não docente, ou seja, os técnicos administrativos.

Outra estratégia a ser utilizada é assegurar às escolas os meios para a avaliação individual dos alunos através das novas tecnologias disponíveis e assim promover um melhor ensino aprendizado.

Quanto à meta que objetiva alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa, matemática e ciências até o 3º do Ensino Fundamental, Zen ressaltou que isso não é pleno ou linear, ou seja, nem toda criança precisa, necessariamente, dominar as disciplinas citadas na sua totalidade.

Em relação à meta que institui gradativamente o Ensino Integral, o sociólogo James Alves, que participa das discussões, destacou que a escola precisa ser um local atrativo para manter os alunos ligados à instituição.

“Sabemos que as escolas não são atrativas. Precisamos saber se as escolas vão ter estrutura suficiente para manter o aluno em sala de aula, na instituição”, disse ele.

Já a professora Ivanilde Lopes salientou a necessidade de garantir-se no Plano o ensino religioso. Segundo ela, o PEE deixa uma lacuna que deve ser preenchida nessa fase de elaboração das propostas.

Daniel Zen garantiu que todas as sugestões feitas pelos participantes das reuniões serão analisadas e até mesmo a sociedade civil pode colaborar com a elaboração do Plano Estadual de Educação, que deve ser apreciado ainda esse mês de junho pela Aleac.

Os que desejarem fazer os apontamentos sugestivos podem escrever para os emails: salegis.acre@gmail.com, gabinetedanielzen@gmail.com ou ainda se dirigem à Assembleia Legislativa do Acre, na sala das Comissões, 1º piso.