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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Daniel Zen denuncia descaso no serviço de pediatria do Acre

 

Em pronunciamento na sessão desta terça-feira (14), o deputado Daniel Zen (PT) falou com preocupação da visita que fez ao Pronto Socorro de Rio Branco no último domingo (12), juntamente com os deputados Jenilson Leite (PSB), Edvaldo Magalhães (PCdoB), Jonas Lima (PT) e Neném Almeida (Podemos).

Segundo o parlamentar, a situação daquela unidade de saúde é grave e merece uma atenção especial do governo do Estado. “Fomos lá, para averiguar, pessoalmente, a situação do atendimento pediátrico às crianças acometidas com Síndrome Respiratória Aguda Grave e nos deparamos com uma situação de cortar o coração. Para se ter uma ideia, não havia dipirona, Dramin e nem sulfato de magnésio”, disse.

Zen lembrou, ainda, dos 9 óbitos de crianças acometidas com SRAG, ocorridos nos últimos 30 dias: “Não bastasse o vergonhoso índice de feminicídios do Acre, nos deparamos agora com outro tipo de violência. É a violência decorrente do descaso, da negligência, da omissão e da incompetência em conseguir planejar e executar uma política de atendimento em Saúde que, minimamente, dê conta da demanda. Estou falando da situação do serviço pediátrico em nosso Estado”, enfatizou o deputado.

Ainda de acordo com o oposicionista, não está havendo escala de pediatria nas UPAs, fato que está congestionando o atendimento pediátrico no Hospital da Criança e no PS/HUERB:

“Sem uma classificação de risco adequada, as situações ambulatoriais acabam se misturando com as situações de urgência e emergência e aí não precisa nem ser da área de Saúde para saber o caos que resulta dessa situação”, complementou.

O parlamentar seguiu afirmando que mesmo diante dos inúmeros problemas, os profissionais da maior unidade de referência em Urgência e Emergência do Estado têm se desdobrado para prestar o melhor atendimento possível à população.

“A situação é tão crítica que os profissionais do Pronto Socorro estão sofrendo junto com os pacientes e seus familiares, devido aos poucos leitos, a escala de trabalho insuficiente e a falta de medicamentos e insumos básicos, no maior hospital de urgência e emergência do Estado. Peço ao senhor governador que se sensibilize com a situação. Que adote as medidas necessárias para resolver esse grave problema que está levando as nossas crianças a óbitos”, concluiu.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Revisão: Suzame Freitas

Foto: Sérgio Vale