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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Aleac promove audiência pública com representantes dos policiais penais

 

 

Na manhã desta quarta-feira (23) foi realizada uma audiência pública com membros das comissões de Serviço Público, Orçamento e Finanças, Segurança e Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para tratar sobre a Reposição salarial e Auxílio Saúde para todos os operadores da Segurança Pública.

O encontro contou com a participação de representantes do Sindicato dos policiais penais, que, dentre outras coisas, pedem Auxílio Alimentação e a Isonomia Salarial para a categoria.

O presidente da Comissão de Serviço Público, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), presidiu a audiência. Em sua fala, ele deu as boas-vindas aos policiais penais e disse que o Poder Legislativo tem um importante papel no que diz respeito a mediar as solicitações junto ao governo.

“É importante valorizar esse momento. O papel da Aleac é ajudar na construção de uma saída para esses profissionais que aqui reivindicam seus direitos. O papel desse encontro, hoje, é dar uma solução positiva para tudo isso”, frisou.

Magalhães classificou, ainda, a ausência de um representante do governo na audiência pública como “discriminação”. “A discriminação já começa aí, o governo abre um diálogo com a segurança pública e exclui vocês. Isso é um absurdo”, complementou.

O presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado, Joélison Ramos, frisou que a categoria é digna e merecedora de reconhecimento por parte do governo do Estado. O policial penal falou, ainda, das dificuldades que a categoria enfrenta atualmente.

“As polícias do Acre enfrentam muitos desafios, mas a polícia penal é a que está na pior situação. Quem conhece o sistema penitenciário do Acre sabe do que estou falando, trabalhamos diariamente sob pressão, em péssimas condições”, relatou.

Joélison destacou, ainda, que no Acre há a maior quantidade de presos por 100 mil habitantes. “A superlotação dos presídios é real e nem efetivo nós temos. Nós policiais penais estamos há mais de treze anos nessa batalha e não houve nenhum reforço do efetivo policial, mas, em compensação, a comunidade carcerária quase quadriplicou. Na pandemia não paramos um minuto sequer. Por esses motivos estamos aqui, buscando isonomia salarial.  Nós merecemos esse reconhecimento, merecemos respeito”, disse.

O deputado Roberto Duarte (sem partido) lamentou a ausência de um representante do governo do Estado no encontro. Ele frisou que solicitou a audiência para melhor detalhar as demandas da categoria.

 “Eles foram convidados e não mandaram ninguém para ouvir a reivindicação de vocês. Isso é um desrespeito com esta Casa, com a categoria, mas não vai passar em branco. Faremos o possível para que as reivindicações de vocês sejam atendidas”, disse o parlamentar.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Gehlen Diniz (PP), destacou o papel da Aleac na mediação de conflitos que envolvem as classes trabalhadoras e o governo.

“Vocês sabem como o Poder Legislativo teve uma atuação importante no final do ano passado em relação à discussão da Lei Orgânica dos senhores. Sabemos da dificuldade que é o trabalho de vocês e como ele deve ser reconhecido. Agora é um outro momento, é preciso ir além, com melhoria salarial e, para isso, a categoria tem nosso apoio. Mas precisamos de dados, pois para sentarmos com a equipe econômica do governo temos que ter dados concretos”, frisou o progressista.

Já o deputado Nenem Almeida (Podemos) ressaltou que se sente lisonjeado por ter sido o relator da lei que instituiu a primeira Polícia Penal do país.

“Tenho pouco mais de três anos de mandato e me sinto um pouco Severino, pois deu problema, chama o Nenem. Sou lisonjeado com isso, pois sou o relator do PL que criou a primeira Polícia Penal do Brasil. Sou sindicalista, estou deputado e por isso sei a luta dos trabalhadores. Continuarei com vocês até o final. Esse governo só tem vivido de falácias, eu também acreditei nele, mas temos a oportunidade de mudar isso”, enfatizou.

Texto: Mircléia Magalhães 

Revisão: Suzame Freitas

Agência Aleac