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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Eliane Sinhasique quer esclarecimentos sobre a situação da saúde da mulher e da criança

eliane140415A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) apresentou requerimento na sessão desta terça-feira, 14, solicitando do secretário de Saúde, Armando Melo, informações referentes à quantidade de óbitos infantis e fetais, a quantidade de nascidos vivos, de partos normais, de partos cesáreos e de óbitos maternos no primeiro trimestre do ano de 2015. O requerimento, segundo a oposicionista, visa obter esclarecimentos do gestor responsável da Secretaria de Saúde do Estado do Acre sobre a real situação da saúde da mulher e da criança nos principais centros de saúde do Estado.

“Entendemos que a medida ora proposta nos dará uma visão mais clara e contundente acerca dos problemas notórios e inequívocos ocorridos, principalmente na maternidade Bárbara Heliodora. Tais fatos evidenciam desde frequentes óbitos infantis e fetais, como também falta de profissionais da área da saúde, de equipamentos de prevenção e acompanhamento dos pacientes, medicamentos, materiais, leitos, enfim, algo deve ser feito e para isso, precisamos estar bem informados da real situação das instituições de saúde pública”, explicou.

A deputada questionou ainda a entrevista concedida pelo gerente assistente da maternidade Bárbara Heliodora, Edvaldo Amorim, a um site de noticiais local. O médico teria afirmado durante a reportagem que somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano 29 mortes foram registradas no Estado do Acre. “A Organização Mundial da Saúde diz que o considerado normal é morrer 10 crianças para cada mil nascimentos, como o gerente da maternidade Bárbara Heliodora explica isso?”, indagou.

Eliane Sinhasique afirmou que os próprios enfermeiros que atendem na maternidade Bárbara Heliodora estariam insatisfeitos com o atendimento prestado pela unidade de saúde. “Tive acesso a gravações e a depoimentos dos próprios profissionais que trabalham na maternidade onde eles falam do péssimo atendimento que as grávidas da capital recebem. Muitos deles afirmam que estão sobrecarregados e isso explica a demora no atendimento”, afirmou.

Para concluir, a deputada pediu que o governo do Estado tomasse medidas sérias para evitar que as mulheres continuem tendo seus bebês na sala de espera da maternidade.

“Os problemas precisam vir à tona que é para o governador ter a real noção de como está o atendimento naquela maternidade. A verdade é que dos três centros cirúrgicos, um está interditado. É lamentável que as mulheres tenham que ter seus bebês na sala de espera. Isso tem que acabar, nossas mulheres grávidas precisam de conforto, de um atendimento de qualidade”, concluiu.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac