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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Edvaldo Magalhães desafia Gehlen Diniz a votar reforma na presença dos trabalhadores


Durante sessão desta terça-feira (26) o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) rebateu o discurso do líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Gehlen Diniz (PP), e o desafiou a votar a reforma da Previdência com a presença dos manifestantes que ocuparam a frente do prédio do Poder Legislativo. O parlamentar também protestou contra a presença da força policial e grades de proteção ao redor da sede.

“Deputado Gehlen, o senhor não tem coragem de encaminhar uma votação olhando nos olhos daqueles que estão sendo prejudicados com ela? Se estamos discutindo aqui é para que direitos conquistados à duras penas não sejam retirados desses trabalhadores. Até o presidente da OAB está sendo impedindo de entrar aqui”, protestou.

Magalhães citou um trecho da música de Zé Geraldo, que diz: “Toda força bruta não é nada mais além de um sintoma de fraqueza”, para protestar contra o impedimento da entrada de  manifestantes no prédio da Aleac. Disse ainda que ao encher o prédio com força policial, a Mesa Diretora está desmoralizando e desacreditando da polícia legislativa.

“A quantidade de policiais e grades aqui representa uma atitude autoritária e antidemocrática daqueles que querem votar no escurinho do cinema. Hoje aposentaram até a polícia legislativa, pois ao chamarem outros policiais disseram que os seguranças daqui não têm competência. Até mesmo muitos dos PM’s que estão lá embaixo estão apreensivos para saber o que tem nesse texto que vai ser votado”, disse.

Edvaldo concluiu seu discurso protestando pelo fato de que até aquele momento nenhum dos parlamentares havia lido o texto, após ele ser reenviado pelo Poder Executivo. Disse ainda que na manhã de hoje aconteceu uma reunião na Câmara Federal para explicar aos deputados como a PEC vai tramitar na Casa, no entanto, de acordo com ele, na Aleac apunhalam os servidores pelas costas e negam o conhecimento total do projeto antes da votação.

Texto: Mircléia Magalhães
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac