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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

“Não dá para simplesmente arrochar no bolso do trabalhador”, diz Daniel Zen sobre Reforma da Previdência

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Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (23), o deputado Daniel Zen (PT) voltou a falar da Reforma da Previdência Estadual que está em processo de discussão na Assembleia Legislativa do Acre. Segundo o parlamentar, o governador Gladson Cameli (PP) não sabe o que diz quando fala em intervenção federal.

“Sinceramente, estamos fazendo todo um esforço para debater essa proposta com os sindicatos, tentando construir algo melhor para os trabalhadores e o poder executivo não ajuda em nada. Intervenção federal é algo tão sério. Quando vemos o próprio governador dizer que se a reforma não for aprovada ele chama o governo Federal, é demais.  Quero fazer como Jesus Cristo (Deus me perdoe a heresia): “Pai perdoa porque ele não sabe o que diz””, disse.

O oposicionista seguiu afirmando que quem produz fake news é o Palácio Rio Branco e não a oposição. “O governador disse que sem a aprovação da reforma o Estado entra em calamidade financeira, que chantagem barata é essa? Vamos ter cuidado com essa guerra de narrativas, porque se tem fake news, elas estão saindo do palácio do governo e não desse plenário”, enfatizou.

No Grande Expediente, Daniel Zen continuou falando da Reforma da Previdência. “Existe um déficit, isso ninguém nega, os números nós conhecemos. A pergunta é, vão tapar esse rombo somente à custa do servidor? É o trabalhador que vai arcar com todo o ônus do déficit da Previdência? ”, indagou.

Para o deputado, é injusto o servidor público arcar com todo o prejuízo. “Vários equívocos foram cometidos com relação à Previdência, inclusive, equívocos cometidos pelo nosso governo, não vou aliviar ninguém. Mas o que eu quero saber é como o governo atual pretende suprir esse déficit? Ele vai contribuir com o que? Somente o servidor público vai arcar com isso, mesmo contribuindo todo mês? A contribuição patronal precisa ser ampliada, ela não pode ser igual a do empregado. Não dá para simplesmente arrochar no bolso do trabalhador ”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac