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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Comissão de Saúde da Aleac recebe médica da USP para tratar da vacina do HPV

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A pedido do deputado Jenilson Leite (PSB), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) recebeu na manhã desta terça-feira (21) a médica Maria Emília Gadelha Serra, de São Paulo. Pós-graduada em perícia médica, ela veio ao parlamento acreano falar sobre as sequelas ocasionadas pela aplicação da vacina contra o HPV. A reunião também foi acompanhada por representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM) e Ministério Público (MP/AC).

Na ocasião, a médica falou detalhadamente sobre o estudo que realizou e que, segundo ela, comprovou que a vacina não é segura e tampouco eficaz. Emília citou casos ocorridos em outros países como Japão, Colômbia e Noruega, por exemplo. De acordo com ela, no Japão a campanha de vacinação contra o HPV chegou a ser suspensa após adolescentes apresentarem reações. “No Ceará uma menina veio a óbito após 15 dias ter tomado a vacina”, disse ela.

Emília relatou ainda que algumas garotas passaram por análises com especialistas em São Paulo e que ficou constatado que de fato a vacina seria responsável pelas reações apresentadas pelas adolescentes. Ressaltou também que o estudo é baseado em observação de mais de 40 jovens.

“Essas meninas passaram por exames adequados que comprovaram que as reações são de fato da vacina. Isso só reforça a afirmação de que estão fazendo de tudo para mostrar que as crises não são epiléticas de verdade. Com as adolescentes aqui do Acre, por exemplo, faltaram exames para comprovar essa tese, ou seja, estão fechando possibilidades de diagnósticos o que de certa forma é uma omissão. É preciso abrir o leque e não ficar somente em um único exame, nós estamos falando de crises que são abalos musculares de outras origens dentro do cérebro”, relatou Emília.

Tudo foi demonstrado através de uma exposição de 30 minutos feita pela especialista que apontou também a contaminação por chumbo e gadolínio. O estudo comprova danos ambientais em duas pacientes acreanas examinadas pela médica e centenas de pacientes de outras regiões no sul do Brasil.

A médica citou ainda o exemplo da França onde a incidência do câncer do colo do útero aumentou após a campanha de vacinação, segundo ela. “Ocorreu o oposto, ao invés dos casos diminuírem, o índice só aumentou. Pelo jeito a vacina não é segura e tampouco eficaz”, enfatizou.

Emília Gadelha disse que está disposta a passar seus conhecimentos aos médicos do Acre sobre os estudos realizados. Disse ainda que enviou um relatório do estudo realizado ao Ministro da Saúde pedindo a suspensão imediata da vacina no Brasil.

“Aqui eu apresentei dados e casos que comprovam a não eficácia da vacina. Nós precisamos agir para evitar que mais adolescentes sejam prejudicados futuramente. Aqui no Acre o caso é grave e precisa ser investigado pelo Ministério da Saúde, a vacina acometeu mais de 80 meninas. Há também a necessidade de se capacitar as equipes de saúde daqui para que elas possam cuidar do caso. As adolescentes acreanas não fizeram os exames adequados, por isso os resultados não tiveram correlação com a vacina”, explicou.

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O presidente da Comissão de Saúde, deputado José Bestene (PP), destacou a importância do estudo da especialista. “Nós estamos acompanhando esse caso desde o início. Nos reunimos, inclusive, com as mães das adolescentes que estão sofrendo até hoje com as reações dessa vacina. Tudo que pudermos fazer para esclarecer e resolver esse caso nós faremos”, disse.

Diante da denúncia de que os diagnósticos das pacientes acreanas enviadas para São Paulo não estão disponíveis para as famílias das adolescentes, a Comissão de Saúde decidiu convocar, através da Mesa Diretora, os médicos da USP para apresentarem suas teses.

“Esse é um problema do governo federal. O estudo apresentado pela doutora Emília é de conhecimento do Ministério Público e ainda não tem resposta. Vamos convocar especialistas da USP para apresentarem suas versões diante da grave denúncia feita aqui”, finalizou Bestene.

A reunião também foi acompanhada pelos deputados Roberto Duarte (MDB), Chico Viga (PHS), Sargento Cadmiel (PSDB) e Meire Serafim (MDB).

Texto: Mircléia Magalhães
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac