Deputado Edvaldo Magalhães se posiciona acerca das revogações das 340 exonerações

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) usou seu tempo na tribuna durante sessão desta terça-feira (01), para falar sobre as recentes decisões do governador Gladson Cameli (PP) em relação às exonerações e recontratações de cargos comissionados.
Edvaldo relatou que durante o último final de semana houve mais uma edição extra do Diário Oficial do Estado com novas revogações das exonerações. Disse ainda que há um esforço grande por parte da equipe do Palácio em construir uma nova narrativa acerca das decisões governamentais, no entanto, as últimas manchetes publicadas pelos jornais locais expõem bem algumas trapalhadas do governo.
“De duas semanas para cá pôde-se ler todo tipo de manchete sobre essas demissões. Em algumas o governador alegava que a folha de pagamento do Estado havia excedido, por isso exonerou; num segundo momento ele culpou os comissionados de não estarem trabalhando; em seguida afirma que não volta atrás em sua decisão. Agora vejam só, ele revoga todas as exonerações”, exclamou.
Magalhães acrescentou ainda que mesmo o governador Gladson Cameli (PP) negando revanchismo em relação à derrubada dos vetos durante sessão na Aleac, a revogação das demissões levanta muitos questionamentos. Disse ainda que quando foram publicadas as exonerações a folha de pagamento já estaria pronta, inclusive, com os nomes dos 340 servidores.
No tempo destinado ao grande expediente, o parlamentar se posicionou acerca da portaria expedida pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que proíbe médicos que atuam no Hospital de Feijó de expedirem laudo cadavérico de óbitos ocorridos fora da unidade.
“Os corpos terão que ficar no necrotério até que sejam encaminhados para o IML de Cruzeiro do Sul, onde será feito o laudo médico. A secretária de Saúde está proibindo os médicos do Hospital de Feijó de expedirem o documento. Alguém que mora no município briga no seringal, morre, a família faz um sacrifício para pegar o corpo, aí a secretária diz que se não morreu acompanhado pelos médicos o Hospital não recebe”, criticou.
O parlamentar disse que a decisão vai acarretar em corpos em decomposição aguardando para serem enviados ao IML de Cruzeiro do Sul, uma vez que Feijó não possui um instituto. De acordo com ele, a decisão da secretária prejudica ainda mais a situação de pessoas de baixa renda que vivem em cidades distantes.
“A secretária está dizendo que se a vida das pessoas está difícil ela vai complicar ainda mais. Está dificultando até mesmo que as famílias enterrem seus entes queridos. Isso sempre funcionou assim nos municípios. Ontem os vereadores de Feijó me ligaram, estão todos desesperados porque o custo para enterrar um ente querido ficou elevado graças a senhora Mônica Feres”, concluiu.
Texto: Andressa
Oliveira
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac