Daniel Zen questiona cortes do governo federal no orçamento da Educação

Daniel Zen questiona cortes do governo federal no orçamento da Educação

Na sessão desta terça-feira (30) o líder do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Daniel Zen questionou as declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao anunciar o corte de 30% do orçamento de algumas universidades federais. O parlamentar leu trechos da reportagem publicada pelo Estado de São Paulo em que o chefe da pasta afirma que vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus Campos.

“Essa notícia me chamou atenção no dia de hoje. Na verdade, o que o ministro da Educação classifica de “bagunça” nas universidades são os debates, os seminários, a discussão do livre pensar, ou seja, tudo aquilo que compõe o ambiente acadêmico. Para ele, os atos democráticos, pluralistas, multiversos, são bagunças, arruaças. Ele é mais lunático que o ministro anterior que foi escorraçado do cargo”, frisou.

A informação de que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pretende mudar o patrono da Educação brasileira, título concedido ao educador e filósofo Paulo Freire, que morreu em 1997, também foi questionada pelo oposicionista.

“Olha, eu já era pessimista com relação ao que poderia ser o governo de Bolsonaro, mas confesso que me surpreendi negativamente. Gente, além de operar cortes profundos no orçamento da Educação ele ainda pretende trocar o patrono da Educação, Paulo Freire, que foi escolhido justamente por ser dono de uma carreira brilhante reconhecida no mundo inteiro. Parece brincadeira”, afirmou.

Para concluir, Daniel Zen pediu que o governador Gladson Cameli (PP) resolva a situação dos bolsistas do Instituto Dom Moacyr, que, segundo ele, estão há quatro meses sem receber seus salários. “Peço que o governo encaminhe o mais rápido possível a Reforma Administrativa para esta Casa, nós precisamos resolver essa situação do Dom Moacyr. Os alunos dos cursos técnicos estão há quatro meses sem receber, mesmo com o dinheiro do convênio já estando assegurado na conta. Precisamos resolver isso para que esse recurso seja liberado o mais rápido possível”, finalizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac