Daniel Zen apresenta moção de pesar pela morte de Damião Queiroz

O deputado Daniel Zen (PT) apresentou uma moção de pesar pela morte do ex-vereador Damião Queiroz, vítima de um assalto. Em discurso durante a sessão desta terça-feira (26), o parlamentar também criticou a forma como o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem governador o país e disse que os filhos do gestor têm mais voz ativa que os ministros.
Damião Queiroz era ex-vereador pelo município de Capixaba e fazia parte do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele foi vítima de um assalto em sua residência e recebeu disparos de arma de fogo. Damião era produtor de castanha e a polícia investiga se a ação teve motivação relacionada ao fato.
“Damião era um homem honesto, íntegro, trabalhador e foi assassinado de forma covarde e brutal. Esse crime bárbaro chocou todo o Estado. Ele deixou muitos amigos. Quem o conhecia sabia a pessoa especial que ele era. Foi com certeza uma grande perda para todos nós”, lamentou.
Daniel Zen também fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro e disse que o governo do atual gestor está dividido em três núcleos: o núcleo militar que conduz algumas pastas; o núcleo laranjal, enfatizando os últimos escândalos envolvendo a Presidência; e o núcleo dos lunáticos, que, de acordo com ele, são os especialistas em espalhar bobagens.
“Os filhos do presidente mandam mais que ele, mandam mais que os ministros. Estamos sendo governados por três filhos do Jair Bolsonaro. Para piorar, aquele que deveria ser o mais culto, pois ocupa o Ministério da Educação, faz afirmações absurdas sobre o povo brasileiro e ainda faz imposições às instituições de ensino, como se estas não possuíssem sua autonomia pedagógica”, criticou.
Daniel Zen alega que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, enviou uma carta às escolas pedindo que as crianças fiquem perfiladas e sejam filmadas durante a execução do Hino Nacional. O parlamentar criticou também o fato de ser solicitada a leitura de uma carta durante o ato que possui o slogan de campanha adotado por Jair Bolsonaro. O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas.
“É inadmissível que se imponha tal ato. A carta foi encaminhada de forma autoritária, sem respeitar a autonomia das instituições de ensino. A execução do hino é importante, mas não deve ser uma imposição, uma vez que há coisas muito mais sérias para nos preocuparmos. A atitude desse ministro fere o princípio da impessoalidade, garantido pela nossa Constituição”, concluiu.
Andressa Oliveira
Agência Aleac